A moda do funcional não para de crescer. Nas academias são vistos em forma de treinos e na dieta são os alimentos que ganham cada dia mais espaço na mesa do brasileiro. O funcional está associado aos benefícios proporcionados à saúde, o que tem motivado pesquisadores a estudarem ainda mais sobre os efeitos da alimentação no organismo.
Os alimentos, em especial, fornecem energia e nutrientes necessários às funções básicas do organismo. Além disso, têm poder terapêutico, como ação antioxidante, por conter compostos bioativos. Agem diretamente na prevenção de doenças do coração, melhorando o metabolismo, reduzindo o colesterol e diminuindo o risco de derrames e cardiopatias por artérias obstruídas, além de manter o bom funcionamento do órgão.
Consumir alimentos funcionais combatem os índices alarmantes apontados pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp). De acordo com estudo, em média, são registradas 720 paradas cardíacas todos os dias no Brasil.
Se consumidos na frequência e na quantidade recomendada, produtos deste gênero podem beneficiar o coração, segundo a nutricionista Isabela Cardoso Pimentel Mota, diretora científica do Departamento de Nutrição da Socesp.
“As dietas para o controle dos principais fatores de risco para infarto agudo do miocárdio e derrame cerebral, obesidade, colesterol e triglicérides elevados, diabetes e pressão alta tinham como principal objetivo a restrição de alimentos. Os pacientes eram orientados a excluir diversos itens de sua dieta e havia poucas opções de substituição”.
Ela ressalta que, antes da inclusão dos alimentos funcionais no cardápio nutricional dos cardiopatas, as dietas não eram saborosas, pois não apresentavam uma diversidade gustativa, inviabilizando a adesão dos pacientes. “Os alimentos funcionais trouxeram maior diversidade, flexibilidade nos cardápios e principalmente maior chance de adesão às dietas cardioprotetoras”.
Na lista de alimentos classificados como funcionais pela legislação brasileira figuram a proteína de soja, a fibra solúvel da aveia, os fito esteróis presentes em margarinas e outros alimentos, os pro bióticos e o ácidos graxos Ômega 3, presentes nos peixes e óleos de peixes específicos, alimentos ricos em flavonoides, como as frutas vermelhas e alimentos fontes de gorduras insaturadas, como azeite de oliva extra virgem e castanhas.