Em 2010 o Brasil chega ao número de 2 milhões de cadastros de doadores de medula óssea, conforme afirma o coordenador do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea, Luis Fernando da Silva Bolzas. Mesmo com este índice, ainda é alta a busca por doadores e receptores compatíveis.
“Então as pessoas devem buscar mais informações e se mobilizarem, fazer o cadastro para doação de medula óssea, aumentar ainda mais o banco e levar mais esperança para quem precisa de um doador”, pede Dirce Aparecida Coelho, 43 anos, mãe de um adolescente de 12, com leucemia fortifoide que aguarda um doador compatível.
“As pessoas acham que vai tirar um pedaço delas, e não é isso”, pontua Gláucia Figueiredo, 36, mãe de outro jovem, de 14 anos, diagnosticado com leucemia mieloide. “Todos devem se informar mais sobre o assunto, porque informação tem, mas ela deve ser buscada”, completa.
A outra mãe, Dirce, explica que a maioria das pessoas não vai atrás de informações porque a doença não é um problema que as afeta diretamente. “Mas pode chegar para qualquer um. Eu mesma não vivia isso e enquanto não passamos por esta situação não buscamos as informações que precisamos”, diz. “Hoje nossa vida é ir atrás de formas que possam nos ajudar, informações por todos os meios, internet…”, completa Gláucia.
As mães retratam o que outras também buscam: qualidade de vida para os filhos. Nestes casos, a saúde dos filhos depende da doação de pessoas desconhecidas. “E conseguir um doador compatível é apenas um dos passos a serem percorridos”, afirma Dirce.