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Síndrome

Doença 'mão-pé-boca' atinge crianças em Três Lagoas e gera alerta aos pais

Infecção produz febre e lesões na pele, mas é considerada benigna

 - Divulgação/Assessoria
- Divulgação/Assessoria

A doença conhecida como síndrome da “mão-pé-boca” já causa preocupação em pais e professores, em Três Lagoas. Isso porque o problema foi registrado em um Centro de Educação Infantil (CEI), no último mês, e os profissionais da educação alertam quanto à prevenção da doença que se transformou em surto em muitas cidades do país.

De acordo com Ministério da Saúde, a síndrome é uma infecção causada por vírus que produz lesões na pele, especialmente nas mãos, pés e dentro da boca. Ela provoca febre alta, é bastante contagiosa e atinge principalmente crianças com menos de 5 anos. No entanto, tem curso benigno e na maioria das vezes sara sozinha em até sete dias.

A chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Semec), Neuza Inácio da Silva, informou que apenas uma creche evidenciou o problema. Ela destaca que os diretores de todas as unidades estão sendo orientados a avisarem os pais sobre o problema e os filhos devem ser levados, desde os primeiros sintomas, ao médico. O objetivo é buscar tratamento e solicitar um atestado para que os filhos permaneçam em casa para evitar surto da doença na região.

 “Neste caso, aconselhamos os pais a não levarem os filhos nestes dias na escola, pois a doença é contagiosa. Os médicos darão um atestado para a criança poder se recuperar em casa sem precisar ter contato com outras crianças”, afirmou.

A transmissão se dá pela via fecal/oral, através do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, ou então através de alimentos e de objetos contaminados. Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas. Não existe vacina contra a doença.

Na maioria dos casos, os sintomas são leves e podem ser confundidos com os do resfriado comum. Quando a sintomatologia típica da doença mão-pé-boca se instala, a erupção das lesões na orofaringe é antecedida por um período de febre alta e gânglios aumentados, seguido de mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia. Por causa da dor, surgem dificuldades para engolir e muita salivação.

O diagnóstico é clínico, baseado nos sintomas, localização e aparência das lesões. Em alguns casos, os exames de fezes e a sorologia (exame de sangue) podem ajudar a identificar o tipo de vírus causador da infecção.

É muito importante estabelecer o diagnóstico diferencial com outras doenças que também provocam estomatites aftosas ou vesículas na pele.

O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta.