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Eficiente, vacina contra o HPV ainda é inacessível

Apesar da redução de 50% no preço, imunização continua cara e não está nos planos para entrar no calendário do Ministério da Saúde.

Em 2010 devem ser registrados, segundo a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), 18 mil novos casos de câncer do colo do útero no Brasil. Por ano, a doença atinge 500 mil mulheres em todo o mundo e pelo menos metade delas acaba morrendo. Muitos desses casos poderiam ser evitados com a vacina que previne contra a infecção pelo HPV (papilomavirus humano). No entanto, a imunização ainda não é feita de forma massiva, principalmente por causa do alto preço da vacina.

Existe hoje dois tipos de vacinas no mercado. Em abril deste ano, a GlaxoSmithKline, fabricante de uma delas, anunciou uma redução de preço em 50%. Com isso, a dose que custava R$ 229,33 passou a ter um preço de R$ 114,67. Mesmo assim, o Ministério da Saúde ainda não tem uma previsão de quando a vacina será incluída no calendário público. Como ela é administrada em três doses, a estimativa é que o custo para cobrir a população de meninas com idade entre 12 e 13 anos seria de aproximadamente R$ 1,8 bilhão.

Apesar do preço elevado, especialistas defendem os benefícios da vacina. As duas versões disponíveis hoje protegem contra os tipos de HPV mais frequentes e perigosos, já que se estima que existam mais de 100 tipos diferentes. Os vírus de alto risco, e portanto com maior probabilidade de provocar lesões pré-cancerosas, são os tipos 16, 18, 31, 33, 45 e 58. Já os HPV de tipo 6 e 11 são encontrados na maioria das verrugas genitais e, embora sejam frequentes, não oferecem risco de progressão para malignidade.