A esperança de vida do brasileiro ao nascer aumentou mais de três anos entre 1998 e 2008, passando de 69,66 anos para 72,86 anos, mostra a Tábua de Mortalidade do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada nesta terça-feira.
O levantamento aponta que o ganho foi semelhante entre homens e mulheres, mas que a diferença entre os sexos se manteve. No ano passado, a esperança de vida ao nascer era de 69,11 anos para os homens e de 76,71 anos para as mulheres.
O instituto também analisou a esperança de vida a partir de idades exatas, e constatou que, na última década, houve um aumento de 19,93 anos para 21,16 anos, para ambos os sexos. Com isso, uma pessoa que completasse 60 anos em 2008 teria como expectativa viver, em média, até os 81,16 anos. O levantamento mostra que a esperança de vida para os homens subiu de 18,49 anos para 19,46 anos e para as mulheres, de 21,26 anos para 22,70 anos.
Apesar do ganho, a esperança de vida no Brasil é baixa se comparada a países como Japão, Suíça, Islândia, Austrália, França e Itália, onde a média supera os 81 anos.
Mortes
Em uma década, a mortalidade infantil caiu de 100 para 23,30 óbitos por mil nascidos vivos.
De acordo com o instituto, entre 1998 a 2008, 68 homens jovens de 15 a 24 anos morreram diariamente devido a causas externas, em um total de 272,5 mil mortes.
Entre os jovens de 20 a 24 anos, as mortes violentas causaram a morte de nove homens para cada mulher. As causas naturais também ocorreram em maior número entre os homens, aponta o IBGE.
Levantamento
Tábua Completa de Mortalidade da população brasileira é divulgada anualmente pelo IBGE, desde 1999. O instituto informou que o levantamento mostra a expectativa de vida para idades exatas até os 80 anos, e os dados têm sido usados pelo Ministério da Previdência Social como um dos parâmetros do fator previdenciário das aposentadorias sob o Regime Geral de Previdência Social.