A família que foi internada com botulismo em Santa Fé do Sul, cidade paulista a 120 km de Três Lagoas, recebeu alta da Santa Casa na manhã de ontem, onde permanecia desde o último domingo, dia 19. Pai, mãe e dois filhos de 9 e 12 anos chegaram a ficar entre a vida e a morte na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) respirando com a ajuda de aparelhos por quatro dias. Segundo a Santa Casa, todos passam bem e não sofreram sequelas por conta da doença.
Em nota, a Agência Brasil informou que a venda dos lotes 1E0712 da mortadela da marca Estrela e 300437 do milho verde em conserva da marca Quero foi proibida pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. A Vigilância Sanitária encaminhou os produtos para análise no Instituto Adolf Lutz, em São Paulo, para averiguar se eles estão contaminados com a bactéria Clostridium botulinum, que causa o botulismo.
A bactéria que causa o botulismo, que normalmente está no solo, também pode ser encontrada em alimentos mal conservados, principalmente nos enlatados e embutidos. O último registro da doença no estado de São Paulo foi em 2009. Desde o ano de 1997, quando a doença passou a ser de notificação compulsória, o estado registrou 22 casos, com cinco mortes.
A interdição dos lotes vale, pelo menos, até a conclusão das análises das amostras dos produtos recolhidas e encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz. A Secretaria de Saúde orienta as pessoas a não consumir alimentos enlatados cujas embalagens estejam danificadas. Também aconselha a ferver os alimentos industrializados por pelo menos cinco minutos, antes de consumi-los.