A imunização contra a covid-19, que segue a conta gotas no Brasil, trouxe uma fobia comum à tona, a ‘aicmofobia’: medo excessivo e acentuado de agulhas, que afeta cerca de 3,5 a 10% da população do mundo, conforme pesquisas. Pessoas que possuem essa fobia podem ter sensação de desmaio, aumento do ritmo cardíaco e outras sensações.
Paula Clarissa Bispo, neuropsicóloga do Sistema Hapvida, explica que, ao reconhecer esses sintomas, o paciente deve procurar ajuda especializada de um psicólogo ou psiquiatra e assim, iniciar o tratamento para combater essa fobia. “Quando uma pessoa tem fobia a um determinado objeto, ela não consegue fazer uma avaliação real da situação, se sentindo vulnerável a algo maior”, explicou.
A acadêmica de direito, Lara Costa, tem ‘aicmofobia’ desde criança. A fobia já fez Lara assinar termo de responsabilidade para não tomar soro na veia, além de outras situações em que o medo de agulhas falou mais alto. “Desde muito novinha eu nunca gostei de nada relacionado a ir ao médico, tomar vacina, soro. Eu sempre dei trabalho. Sempre que eu tenho que tomar vacina é um evento para mim, porque eu sempre passo mal, eu tenho que avisar a pessoa, porque geralmente eu desmaio, ainda mais quando eu era mais nova”, contou a estudante.
Conforme a neuropsicóloga, as pessoas que sofrem dessa fobia podem adotar algumas estratégias, como usar técnicas de respiração para regular a ansiedade, aliada a exercícios de contração e relaxamento muscular, além de informar os profissionais de saúde sobre o medo que possui. “Os profissionais estão hábitos para ajudar o paciente a passar por esse momento de forma mais tranquila”, afirmou a profissional.
Além disso, o apoio familiar e de pessoas próximas é essencial para validar e ajudar a tratar esse medo, ao invés de zombar e invalidar as sensações da pessoa com ‘aicmofobia’. “Para a pessoa que tem fobia de agulhas já é constrangedor compartilhar esse medo. Então é importante que a família, os amigos, se coloquem sempre de forma tranquila, amável, acolhedora quando ela compartilhar esse sentimento, e deem todo suporte necessário quando os procedimentos médicos forem realizados”, orientou Paula Clarissa.
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