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Hospital aguarda convênio para contratação de especialistas

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O Hospital Auxiliadora está no aguardo da assinatura de convênio com a Prefeitura para a contratação de novos profissionais médicos. A informação é do diretor técnico do hospital, Evaristo Jurado Filho. “Isso já está mais do que discutido com a Prefeitura, só estamos aguardando a assinatura do contrato com a administração”, afirma.


O convênio visa a contratação de dois cirurgiões neurologistas, e um neurologista clínico. A previsão é que os profissionais comecem a trabalhar no hospital no começo de março. Além desses profissionais, Evaristo informa que a direção pretende contratar especialistas para a área de cirurgias eletivas, como ortopedista, oftalmologista, otorrinolaringologia, entre outros.

A contratação desses especialistas vem atender as solicitações do Ministério Público, que constantemente ingressa com ações na justiça contra a Prefeitura pelo fato do hospital não oferecer determinados atendimentos. Todavia, o diretor técnico do Auxiliadora alega que o hospital tem a intenção de implantar essas especialidades, mas depende de recursos do poder público. “Se a Prefeitura, o Estado e a União disponibilizarem recursos, o hospital contrata profissionais, e compra equipamentos para atender nessas áreas”, esclarece, ressaltando que o Auxiliadora é um prestador de serviço.

Apesar de no ano passado o hospital ter assinado contrato com a Prefeitura no valor de R$ 1,3 milhão por mês para atendimento dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), Evaristo de Almeida informa que o hospital recebe apenas aproximadamente R$ 900 mil. “Ninguém consegue explicar porque assinamos o convênio com um valor, e quando foi para o Estado assinar retornou com outro”, pondera.


Carências

De acordo com o diretor técnico, o Hospital Auxiliadora tem outras carências urgentes como uma unidade neonatal, equipamento de ressonância magnética que possibilita diagnosticar vários problemas de saúde através da imagem. “Mas, isso tudo depende de recursos para adquirirmos”.

Para Evaristo Jurado, os aproximadamente R$ 900 mil não são suficientes para a demanda de pacientes que o hospital atende. Como exemplo, o médico disse que o serviço de Oncologia tem um gasto mensal de R$ 130 mil, no entanto, o recurso que o Auxiliadora recebe é de R$ 80 mil, sendo R$ 50 mil de contrapartida do Estado e o restante da Prefeitura. “O hospital banca boa parte do serviço”, disse.

Quanto à situação do hospital para que a Oncologia possa ser credenciada ao Ministério da Saúde, o diretor afirma que o Auxiliadora está em boas condições para receber os pacientes que, porventura, necessitem de internação durante o tratamento. “O principal problema para a Oncologia não ter sido credenciada é o fato do Estado não ser referência em ressonância magnética, assim como não dispor de recursos para a contração de especialistas para atender no setor, mas isso é um coisa que tem que ser cobrada dos governos”, observa.