O Hospital Auxiliadora de Três Lagoas fecha o ano de 2015 com uma dívida de R$ 7 milhões, e com um déficit mensal de aproximadamente R$ 800 mil, e sem dinheiro para pagar a segunda parcela dos 550 funcionários, que totalizam um montante de R$ 500 mil. Em razão disso, na última segunda-feira, um grupo de funcionários, entre eles, enfermeiros, entraram em greve.
De acordo com o diretor administrativo do Hospital Auxiliadora, Eduardo Otoni, a primeira parcela do 13º salário foi paga, mas o hospital não dispõe de recursos para pagar a segunda. Otoni informou que, no começo de janeiro, a direção deve se reunir com os representantes da prefeitura e do sindicato que representa a categoria para buscar uma solução para a falta do pagamento.
Ainda de acordo com ele, por lei, o hospital é obrigado a funcionar com 40% do seu quadro de funcionários. Portanto, acredita que o atendimento na área de urgência e emergência não será afetado. Otoni disse que o hospital já contraiu empréstimos neste ano para honrar compromissos, no o pagamento dos médicos e de fornecedores, e que não tem mais de onde tirar dinheiro para quitar a segunda parcela do décimo salário dos funcionários.
Extraoficialmente, segundo ele, existe a possibilidade de o governo do Estado disponibilizar um aporte financeiro para o Auxiliadora pagar os funcionários. “Não tem nada definido, mas existe esta possibilidade”, comentou.
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Recentemente, o hospital e a prefeitura renovaram o Termo de Contratualização por três meses, pelo valor de R$ 2,750 milhões/mês para continuar atendendo aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O Hospital pleiteava um aporte financeiro no valor de R$ 800 mil, mas a prefeitura alegou falta de condições financeiras, por isso repassará R$ 50 mil a mais para o Auxiliadora, que já recebia das três esferas, municipal, estadual e federal, o montante de R$ 2,7 milhões/mês.
A direção do hospital alega que, para cobrir as despesas com o atendimento dos pacientes do SUS, o repasse deveria ser de aproximadamente R$ 3,5 milhões. Ou seja, o hospital, segundo Eduardo Otoni, tem um déficit de aproximadamente R$ 800 mil todo mês.
De acordo com Otoni, o déficit financeiro deve-se ao aumento no atendimento oferecido aos pacientes do SUS, que está relacionado também à grande quantidade de pacientes que vêm de municípios vizinhos. Além de Três Lagoas, o Auxiliadora atende também pacientes de toda a região do Bolsão, composta por 11 municípios.
