Através de um cateter colocado no braço, o sangue deixa o corpo e é filtrado em uma máquina. Leva aproximadamente quatro horas o procedimento que é capaz de deixá-lo limpinho e o paciente pode deixar a cadeira no hospital e voltar para casa. Mas terá de voltar outras duas ou, talvez, três vezes na semana.
A rotina é de quem precisa enfrentar o tratamento de hemodiálise. Na realidade, de quem necessita de um transplante de rim, mas aguarda na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) pela sua vez.
As idas e vindas ao hospital desgastam o paciente. Cansam ainda mais os moradores de Três Lagoas que não conseguem vaga aqui e optam pelo tratamento em cidades vizinhas onde haja um aparelho de hemodiálise disponível.
Atualmente são atendidos 88 pacientes pelo setor de hemodiálise do Hospital Auxiliadora, de Três Lagoas. Atualmente, 60% dos atendimentos oferecidos no hospital são para pacientes do SUS. Além disso, a instituição é responsável por outras dez cidades que fazem parte da macrorregião.
O setor conta hoje com 14 cadeiras para tratamento de diálise e os pacientes são atendidos em três turnos (manhã, tarde e noite), diariamente. Ao Jornal do Povo, o diretor administrativo do hospital, Marcos Antônio Calderón, afirmou que “as vagas são restritas porque não temos mais estrutura para receber mais serviços de hemodiálise”.
A boa notícia é que o número deve subir para 30 e, com isso, será possível atender 120 pacientes por dia e diminuir a demanda reprimida. Para isso, o Hospital Auxiliadora está com projeto para ampliar o setor de hemodiálise.
Campanha
A campanha “Saúde Solidária” é um projeto que envolve toda a sociedade três-lagoense que queira contribuir mensalmente com um valor ou até mesmo com doação de produtos necessários para uma obra, como cimento, areia e cal.
De acordo com Daniele Mekaru, gerente de qualidade do hospital, quatro agentes de captação de doações percorrem os bairros da cidade para falar sobre a campanha e a importância dessa ajuda para a construção dos setores. Quem se sensibiliza, deve preencher uma ficha e informar em quanto poderá contribuir.
Interessados em colaborar podem entrar em contato através do contato (67) 9-92062604.
No início do ano o hospital recebeu uma emenda parlamentar do senador Waldemir Moka, no valor de R$ 500 mil.
A obra do novo centro de hemodiálise está orçada em R$ 1,2 milhão. A expectativa é que o setor fique pronto até dezembro deste ano.