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Hospital treina equipe contra casos de infecção

Campanha alerta para cuidados e contágio por sepse

o Setor de Vigilância em Saúde do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados realizou um dia de campanha com foco na prevenção. - Divulgação/HCSP
o Setor de Vigilância em Saúde do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados realizou um dia de campanha com foco na prevenção. - Divulgação/HCSP

A maioria das pessoas nunca ouviu falar em sepse, doença que mata mais que o câncer ou o infarto agudo do miocárdio. Mas, certamente, todo mundo já escutou relatos sobre “infecção generalizada”. Estima-se que, a cada ano, no Brasil, a sepse atinja 670 mil pessoas. Para orientar, esclarecer e prevenir a doença, o dia 13 de setembro foi instituído como Dia Mundial da Sepse. E para marcar a data, o Setor de Vigilância em Saúde do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados realizou nesta terça-feira um dia de campanha com foco na prevenção.

Com a “Caixa da Verdade” (equipamento com uma luz negra, que torna “fluorescentes” as partes das mãos mal “higienizadas”) instalada no saguão dos relógios de ponto, os colaboradores foram convidados, mais uma vez, a verificar suas técnicas de higienização das mãos. Também receberam panfletos e informações básicas sobre a prevenção da sepse.
“É uma ação simples, dirigida aos profissionais da assistência, mas de extrema importância no sentido de aumentar o grau de informação sobre a doença”, explicou o chefe da Unidade de Vigilância em Saúde, enfermeiro Fuad Fayez Mahmoud. 

ENTENDA

– Você sabe o é a sepse? Trata-se de uma inflamação generalizada do próprio organismo contra uma infecção que pode estar localizada em qualquer órgão. Essa inflamação pode levar a parada de funcionamento de um ou de mais órgãos, com risco de morte quando não descoberta e tratada rapidamente. 
No Brasil estima-se que 400 mil novos casos são diagnosticados por ano e 240 mil pessoas morrem. 

– Quem tem mais risco?
Prematuros, crianças abaixo de um ano, idosos acima de 65 anos, pacientes com câncer, Aids ou que fizeram uso de quimioterapia ou outros medicamentos que afetam as defesas do organismo. 

– Como é o diagnostico?
Todas as pessoas com sepse têm febre, taquicardia, respiração mais rápida, fraqueza intensa, tonturas, diminuição da quantidade de urina, falta de ar e sonolência excessiva.

– Quais infecções que podem evoluir para sepse?
Principalmente pneumonia, infecções na barriga e infecções urinárias. Por isso quanto menor o tempo com infecção, menor a chance de surgimento da sepse. 

– Como é o tratamento?
O principal tratamento da sepse é administrar antibióticos pela veia o mais rápido possível. Podem ser necessários oxigênio, líquidos na veia e medicamentos que aumentem a pressão arterial. A diálise pode ser necessária se os rins pararem de funcionar. Um aparelho de respiração artificial pode ser utilizado em caso de dificuldade respiratória grave.