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Três Lagoas

Laudo aponta que macaca encontrada morta não tinha vírus da febre amarela

Fêmea da espécie Bugio foi encontrada ferida na região de Ilha Comprida, em janeiro

Instituto fez as análises de amostras do fígado, rins e coração da macaca. - Divulgação/Assessoria
Instituto fez as análises de amostras do fígado, rins e coração da macaca. - Divulgação/Assessoria

O resultado do teste sanguíneo para verificar se a macaca da espécie Bugio encontrada ferida, em um sítio, na região da Ilha Comprida, em Três Lagoas, estava com febre amarela foi negativo.  O laudo emitido pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo (SP), foi divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).

 O teste foi realizado pela suspeita de infecção e morte por vírus da febre amarela. Por meio de material coletado pela equipe do CCZ de Três Lagoas e enviado ao Laboratório Central de Mato Grosso do Sul (Lacen/MS), em Campo Grande, o Instituto fez as análises de amostras do fígado, rins e coração da macaca.

O fato ocorreu em 23 de janeiro. Moradores da região de Ilha Comprida, distante uns 15 km do Centro, acionaram a equipe do CCZ, que foi até o local junto com a Polícia Militar Ambiental (PMA). Eles recolheram uma macaca, debilitada, com variadas lesões pelo corpo e que veio a óbito em seguida.

“Naquela oportunidade, deduzíamos que a macaca poderia ter sido vítima de ataques e mordidas de outros animais. Mesmo assim, como é de praxe, adotamos os procedimentos corretos de coleta de amostras de sangue e outros órgãos para exames laboratoriais e os encaminhamos ao Lacen/MS”, explicou o coordenador do CCZ, médico veterinário Hugo Nogueira Faria.

Preservação

O coordenador do CCZ voltou a orientar a população sobre a transmissão da febre amarela e sobre a importância da preservação dos macacos em nossas reservas ambientais. “Ressaltamos que, os macacos não são os transmissores da doença, por isso não há razão para machucar ou mesmo matá-los”, orientou.

Como explicou Hugo Nogueira, no ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é o mosquito Haemagogus. Já no meio urbano, a transmissão se dá por meio do mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue).

Por isso, a equipe do CCZ reforça que os macacos devem ser preservados, pois do mesmo modo que o ser humano é infectado pela doença por meio da picada dos mosquitos, os macacos também são vítimas e       podem ser alerta para eventuais surtos de febre amarela e outras doenças.