Os casos de violência contra a mulher, em Três Lagoas, aumentaram nas últimas semanas chegando a feminicídio consumado e tentativas. Ao lado dos casos que viraram notícias, existem muitos outros mais com inúmeras vítimas silenciosas, cujo medo e terror as impedem de tornar essa violência pública, deixando assim de pedir ajuda a órgãos e entidades apropriadas para esse fim, como é o caso do Centro de Referência de Atendimento à Mulher, Vítima de Violência – Cram "Halley Coimbra Ribeiro Junqueira", serviço público da Diretoria de Proteção Social Especial da Secretaria Municipal de Assistência Social de Três Lagoas.
Inaugurado em março, o Cram registrou 409 casos de violência contra as mulheres. Em oito meses, foram ofertados 340 atendimentos às vítimas de toda a espécie de violência. Junto ao Cram, instalado na rua Joaquim Martins, número 603, bairro Santos Dumont, as mulheres também podem contar com os serviços do CMDM (Conselho Municipal dos Direitos da Mulher); seis unidades Cras (Centro de Referência de Assistência Social); Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social); Promuse – Programa Mulher Segura, mantido pela Polícia Militar; e Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), situada na rua Oscar Guimarães, número 1655, bairro Lapa.
"À medida em que as mulheres confiarem e entenderem a seriedade e responsabilidade dos serviços da nossa equipe, a realidade e resultados da violência podem mudar em Três Lagoas, porque temos uma equipe de profissionais preparados, dedicados e competentes para o fortalecimento dos direitos e dignidade das pessoas que nos procuram, vítimas de violência", comentou a coordenadora do Cram, psicóloga Aline da Rocha Schultz.
A equipe é formada por: Coordenação; Psicóloga; Assistente Social; Pedagoga; Cuidadoras; Técnica Administrativa; Advogado; Vigias Patrimoniais (plantão); e Auxiliar de Limpeza (terceirizada). O atendimento normal é de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 11h e das 13h às 17h.
Entre as principais ações do Cram, estão a oferta de acolhida e a identificação do tipo de violência; identificar e providenciar respostas imediatas às necessidades específicas de cada mulher; orientações e escuta qualificada de profissionais qualificados para essas finalidades; atendimento individual e em grupos; e acompanhamento e encaminhamentos necessários a cada caso da mulher, vítima de violência. Como observou a psicóloga Aline: "atendemos vítimas de todas as formas de violência, sexual, física, patrimonial, psicológica e moral", relatou. Os principais casos atendidos são violência física e violência psicológica.
O telefone do Cram é o (67) 3929-9986. A equipe também atende em regime de plantão (24h), incluindo sábados, domingos e feriados, pelo telefone (67) 99274-4942.