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Médicos do governo defendem uso de novo remédio para Aids

Diante do impasse, um grupo de 124 médicos preparou documento, pedindo pressa na incorporação da nova droga

Grupo de especialistas escalado pelo governo para definir o tratamento padrão para pacientes de Aids no Brasil deverá discutir nesta terça-feira (29) a inclusão de uma nova droga no coquetel, o maraviroque. A adoção do medicamento, já analisada numa reunião do grupo ano passado, divide médicos em todo o país.

Defensores da inclusão imediata afirmam que pacientes não têm como esperar. Outros sustentam que a mudança deve ser feita somente quando já estiver registrada no país uma versão nacional de um exame, atualmente feito por apenas um produtor, indispensável para verificar se a droga é ou não indicada para o paciente.

Diante do impasse, um grupo de 124 médicos preparou documento, pedindo pressa na incorporação da nova droga. Durante a discussão, parte dos médicos passou a questionar o ritmo de avaliação de novas drogas usadas no país para pacientes com Aids. Dirceu Greco, diretor do departamento, alerta que a troca de medicamentos deve ser feita de forma criteriosa.

– A inclusão de um remédio à lista de distribuição do governo tem de ser feita de forma cuidadosa. Exige estudos que comprovem a eficácia do produto, a segurança e o ganho para pacientes.

Tais argumentos foram usados numa carta que o departamento preparou como resposta ao manifesto de médicos, mas que não convenceu parte dos profissionais.