Sete médicos de seis estados do país, incluindo Mato Grosso do Sul, começaram hoje (13) a participar de um curso realizado pela Rede Nacional de Transplantes (Rentrans), do Ministério da Saúde, em parceria com o Hospital Sírio-Libanês, que tem o objetivo de capacitar 40 profissionais sobre captação de órgãos, distribuição, cirurgias e outros temas relacionados com a área.
Com o curso, o ministério pretende reduzir as desigualdades regionais transferindo conhecimento e tecnologia para os estados mais distantes de São Paulo e do Rio de Janeiro. Os alunos farão estágios, que variam de dois meses a um ano, no Hospital do Rim, na Central de Transplantes da Secretaria Estadual de Saúde, na Organização de Procura de Órgãos da Santa Casa de São Paulo e no Hospital Sírio-Libanês.
Segundo o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame, apesar de o número de transplantes ter crescido 15% ao ano no país, entretanto a distribuição dos transplantes no país é desigual, com estados com números altos e outros que fazem poucos transplantes. “Muitos desses estados fazem apenas transplantes intervivos e a ideia é fazer também transplantes com doadores cadáver. Queremos levar os transplantes para mais próximo das pessoas especialmente nesses estados”, disse Beltrame.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, dos 18.989 transplantes realizados no país, 16,4% ocorreram nos 16 estados participantes do curso (Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Santa Catarina e Distrito Federal). Em 2008, esses estados, juntos, realizaram 3.126 cirurgias, enquanto Minas Gerais e Paraná, juntos, fizeram 3.622 transplantes, e São Paulo 8.694.
Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, de acordo com dados do Ministério da Saúde, o número de transparente, em vez de crescer, diminuiu. Em 2007, foram realizados 232 transplantes. Em 2008, foram realizados 222.