Após a confirmação do primeiro caso de morte de um cavalo pela doença de mormo em uma propriedade na cidade de Bela Vista (MS) em abril, a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) confirmou a ocorrência de mais três casos de mormo em equinos nesta mesma propriedade. Os animais já foram sacrificados.
Agora, o estado já acumula quatro casos da doença de mormo em menos de dois meses.
Os demais animais da propriedade serão submetidos a teste de diagnóstico de Fixação de complemento, sendo repetido o mesmo teste após um intervalo de 45 a 90 dias, após a primeira colheita.
DOENÇA
O mormo é uma doença infectocontagiosa grave que acomete os equídeos (equinos, asininos e muares), mas que pode acometer outras espécies de maneira acidental, como o homem (zoonose), carnívoros e pequenos ruminantes. A doença é causada pela bactéria Burkholderia mallei, que ocasiona alta taxa de mortalidade nos equídeos e, no homem é fatal. Os sinais clínicos mais frequentes são: febre, tosse e corrimento nasal. A doença pode se manifestar na forma aguda ou crônica, sendo que a forma crônica, geralmente, ocorre em equinos e a forma aguda em muares e asininos. Em equídeos os sinais são classificados em três categorias: nasal, pulmonar e cutânea.
A principal via de infecção é a digestiva, podendo ocorrer também pelas vias respiratórias, genital e cutânea. Animais infectados e portadores assintomáticos são importantes fontes de infecção.
A disseminação do agente no ambiente ocorre através da água, alimentos (forragens, melaço), fômites (bebedouros, cochos, equipamentos de montaria compartilhados). A mosca doméstica também pode contribuir para a disseminação da bactéria.