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Não esqueça do protetor solar na estação mais quente do ano

O Inmet prevê para os meses de janeiro e fevereiro, temperaturas acima do normal

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Há 15 dias teve início a estação mais quente do ano nos países do Hemisfério Sul: o verão. Durante quatro meses, aumenta no Brasil a incidência dos raios ultravioleta, que podem causar muitas doenças entre elas queimadura solar, envelhecimento precoce e até câncer de pele. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê para os meses de janeiro e fevereiro, temperaturas acima do normal nas regiões Norte e Nordeste e em parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste do país.

Para aproveitar o verão e ao mesmo tempo se prevenir dos efeitos indesejados do sol, a melhor saída é utilizar o protetor solar. Os produtos fabricados no Brasil seguem padrões de qualidade internacional, harmonizados no âmbito do Mercosul e reconhecidos na Europa e Estados Unidos, e são ainda submetidos a testes que garantem sua segurança e eficácia.

Mas na hora de escolher um produto, o consumidor deve estar atento aos rótulos. Os principais itens que devem ser observados são o número de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a data de validade. O número de registro para cosméticos tem de 9 a 13 dígitos e sempre começa com o número 2. Pelo endereço eletrônico da agência é possível conferir se o número é verdadeiro. Além disso, deve ser escolhido um fator de proteção solar adequado a cada tipo de pele. O mínimo recomendado é FPS 15. Os protetores solares permitidos no Brasil são todos de uso tópico (em forma de creme, gel ou spray).

Proteção contra o câncer

No Brasil, somente em 2010, pelo menos 120 mil pessoas deverão desenvolver algum tipo de câncer de pele, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

No Estado, a estimativa é de que a cada 100 mil sul-mato-grossenses, 20 homens e 30 mulheres desenvolvam o câncer de Pele Melanoma (considerado o mais grave devido à sua alta possibilidade de metástase) e que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) com predominância em adultos brancos.

No mesmo grupo de cada 100 mil, também existe a estimativa de que 660 homens e 790 mulheres em Mato Grosso do Sul apresentem o tipo de câncer de Pele não Melanona. O câncer de pele é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, sendo relativamente raro em crianças e negros, com exceção daqueles já portadores de doenças cutâneas anteriores. Pessoas de pele clara, sensível à ação dos raios solares, ou com doenças cutâneas prévias são as principais vítimas. Como a pele – maior órgão do corpo humano – é heterogênea, o câncer de pele não melanoma pode apresentar tumores de diferentes linhagens. Os mais frequentes são carcinoma basocelular, responsável por 70% dos diagnósticos, e o carcinoma epidermoide, representando 25% dos casos. O carcinoma basocelular, apesar de mais incidente, é também o menos agressivo.

Devido a estes riscos o uso do protetor solar deve estar no dia a dia das pessoas, já que para seu registro na Anvisa o fabricante deve comprovar a segurança, eficácia e qualidade do produto. Alguns cuidados também devem ser observados na utilização do protetor solar. A aplicação, por exemplo, deve ser feita no mínimo 30 minutos antes da exposição ao sol. Todos os protetores solares, até mesmo os resistentes à água, devem ser reaplicados após duas horas de exposição, após nadar ou mergulhar, secar-se com toalha, praticar exercícios físicos ou suar excessivamente.

Outras medidas podem complementar a prevenção aos raios solares. O uso de roupas apropriadas, como por exemplo, as de tecidos leves, que cubram a maior parte do corpo e de chapéu com aba larga, que proteja não apenas a cabeça, mas o pescoço e as orelhas, amenizam o problema. Óculos de sol e protetor labial também auxiliam na proteção.

Os pais devem ter a atenção redobrada com as crianças. Os bebês devem ficar protegidos sempre que expostos ao sol, inclusive quando estiverem na cadeirinha, dentro do automóvel. Durante os passeios ao ar livre, use sempre sombrinhas e proteja as crianças com chapéus e roupas apropriadas. Mas atenção: para usar protetor solar em crianças menores de seis meses de idade é preciso consultar o médico.

Vale ainda a conhecida dica do horário de exposição: evite o período entre 10 horas da manhã e 4 horas da tarde, quando a intensidade dos raios atinge seu máximo. E o mais importante: os raios ultravioleta podem refletir em qualquer superfície como concreto, areia e água. Por isso, as recomendações também valem para quem está na sombra ou debaixo do guarda-sol.