O Ministério da Saúde garantiu investimentos de R$ 6,4 bilhões para incentivar produção nacional de medicamentos, insumos e tecnologias em saúde que gerará emprego, renda e benefícios aos brasileiros. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (19) pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, durante 11º reunião do Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde (Gecis) e faz parte da nova Política de Plataformas Inteligentes de Tecnologia em Saúde. A aplicação deste recurso permite a geração de mais de 7,4 mil vagas de empregos qualificados; além de envolver cerca de 450 doutores especializados em pesquisas para auxiliar o desenvolvimento de medicamentos e produtos para a saúde.
Para atender a demanda de biológicos no país serão construídas três fábricas na Fiocruz, Butantan e Tecpar. Ao todo, serão R$ 6 bilhões em investimentos que permitirão a produção de medicamentos para o tratamento de pessoas com câncer; soros contra raiva e picadas de animais venenosos, e vacinas para gripe, hepatite A e HPV, por exemplo. Além disso, o estímulo à produção nacional impactará diretamente na queda de custos. Atualmente, mais da metade (51%) do que o Ministério da Saúde gasta na compra de medicamentos é destinado a produtos biológicos. Nesses recursos também estão previstos R$ 740 milhões para produção de medicamentos direcionados a doenças raras e negligenciadas, como a doença de Gaucher. A ação permitirá a redução da judicialização e o aumento na ampliação assistência e cuidado a pessoas que vivem com essas doenças.
A nova política também reorganizou as Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo dos laboratórios públicos, tornando-os mais competitivos e sustentáveis. Na produção de sintéticos serão investidos R$ 333,5 milhões para produção a partir de Insumos Farmacêuticos Ativos ou fármacos obtidos por síntese química.
A ação vai beneficiar diretamente as pessoas que vivem com HIV/AIDS, tuberculose, problemas psicológicos, Alzheimer.
BALANÇO
O ministério tem 86 parcerias com 18 laboratórios públicos e 43 privados que pesquisam 88 medicamentos, quatro vacinas e 13 produtos para a saúde. As PDP’s vão transferir tecnologias para a produção de medicamentos, insumos e tecnologias estratégicas para a saúde, no prazo máximo de até dez anos.