O Brasil tem cerca de 9 mil crianças e adolescentes que convivem com a aids e estão em tratamento atualmente. A informação é da diretora do Programa Nacional de Doenças Sexulamente Transmissíveis (DST) e Aids do Ministério da Saúde, Mariângela Simão.
"São pessoas que adquiriram o vírus HIV pela gestação da mãe ou na relação sexual precoce e que, com os novos medicamentos disponíveis, vão atingir a idade adulta, terão sonhos e expectativas, como todas as outras pessoas”.
Essa constatação, de acordo com a diretora, faz com que o governo reconheça que ainda tem muito a avançar em termos de políticas públicas para o portador do HIV e o doente de aids dessa faixa etária. “O Sistema Único de Saúde [SUS] ainda tem muito a fazer. A saúde sexual reprodutiva dos meninos e meninas que vivem com Aids e querem constituir família, por exemplo, tem que ser acompanhada”, afirmou.
Mariângela participa do 4º Encontro Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/Aids, em Curitiba, evento organizado pela Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/Aids. Estão reunidos para o encontro 130 jovens, de 25 estados, que discutem até domingo (12), a construção de políticas públicas para as demandas de adolescentes e jovens com aids.
Segundo o coordenador da rede, Kleber Mendes, o objetivo é discutir como o portador jovem do vírus pode ter qualidade de vida. “Sabemos que a sociedade civil, o governo ou qualquer setor sozinho não conseguem resultados. Queremos trabalhar juntos. Percebemos que, após termos assumido essa posição, o governo passou a nos atender, a nos ouvir mais.”