Em cinco anos, o número de casos de leishmaniose visceral humana quase triplicou em Três Lagoas. Foram 46 pacientes confirmados com a doença entre os anos de 2013 e 2017, e uma morte confirmada por leishmaniose. A vítima foi uma criança de sete anos que morreu após ficar internada no hospital, no ano passado, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
Devido a incidência, Três Lagoas encerrou o último ano como o segundo município de Mato Grosso do Sul com o maior índice de leishmaniose visceral humana. Ficou atrás apenas de Campo Grande. Dessa forma, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) alerta os moradores para manter os quintais e residências limpos, para combater a infestação de mosquitos e animais peçonhentos. A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Setor de Endemias, informou que tem promovido encontros de capacitação dos servidores.
Em 2017 foram confirmados 14 casos da doença e um óbito. No anterior, 12. Em 2015, nove pessoas foram diagnosticadas com leishmaniose visceral ao passo que, em 2014, os registros apontam para sete. Já em 2013 ocorreram apenas quatro casos.
O último boletim epidemiológico de 2017 revela que, em Mato Grosso do Sul, ocorreram sete mortes e 125 casos de leishmaniose espalhados 24 municípios.
Prevenção
A Prefeitura de Três Lagoas informou que realiza ações de controle à leishmaniose, conforme protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde, que inclui a coleta de sangue nos cães no entorno do registro positivo, intensificação das orientações aos moradores e bloqueio em um raio periférico de nove quadras – 900 metros – para pulverização de veneno contra o mosquito palha (transmissor da leishmaniose).
A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, astenia, anemia, dentre outras manifestações. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos. No Brasil, a principal espécie responsável pela transmissão é o mosquito-palha.