O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu uma "resposta muito mais agressiva" e eficiente para impedir a propagação do vírus ebola. Ele convocou reunião de emergência – a terceira em quatro dias, realizada na noite dessa quarta-feira, dia 15 -, após a repercussão do segundo caso de contaminação por ebola no país, o de outra funcionária do hospital em Dallas, no Texas, onde o liberiano que morreu na semana passada havia sido tratado.
Obama informou que equipes da Swat (polícia americana) serão encaminhadas em 24 horas a qualquer hospital que tenha tido um paciente contaminado pelo vírus. Além disso, o governo federal vai fazer contato com pessoas suspeitas de infecção antes mesmo que os sintomas sejam apresentados.
Para promover a reunião, o presidente cancelou viagem que faria para apoiar a campanha dos Democratas às eleições legislativas do mês que vem. Isso porque o segundo caso, revelado ontem de manhã, repercutiu negativamente na imprensa e na opinião pública. A funcionária do hospital viajou de avião em voo doméstico, após ter apresentado febre baixa na última segunda-feira (13)
Os órgãos de saúde, como o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, a sigla em inglês) foram questionados sobre a viagem da enfermeira, já em condição de monitoramento. Após a reunião, Obama disse que o CDC deve ter uma equipe capaz de responder mais rapidamente quando o tema for o ebola.
A atuação do órgão já havia sido questionada. A opinião pública queria saber se o liberiano diagnosticado com o vírus na segunda quinzena de setembro, e que morreu na semana passada, recebeu o tratamento adequado. Agora a população quer saber que erros foram cometidos para que ocorressem os dois casos de contaminação de enfermeiras.
Desde o início do ano, foram registrados 8.914 casos de ebola, com 4.447 mortes, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.