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Ortopedista é pioneiro em implante de prótese não cimentada no Estado

Primeira cirurgia de implante de prótese navegada foi realizada no Hospital Cassems em moradora de Três Lagoas de 77 anos

A aposentada já não faz mais o uso de analgésico desde que decidiu enfrentar a cirurgia e já consegue ter de volta o prazer em realizar algumas atividades cotidianas - Reprodução/TVC
A aposentada já não faz mais o uso de analgésico desde que decidiu enfrentar a cirurgia e já consegue ter de volta o prazer em realizar algumas atividades cotidianas - Reprodução/TVC

Imagine conviver há anos com uma dor diária no joelho. O incômodo é tamanho que chega a impossibilitar até na realização de atividades simples e que fazem parte da nossa rotina, como a de tomar banho, lavar louça, ir ao supermercado ou visitar um parente. A aposentada Maria Ermengarda, de 77 anos, sabe bem como são os dissabores de uma artrite. "Fiquei impedida de visitar amigos e familiares. Só de pensar em ir em algum lugar me fazia querer desistir por conta da dor e também por depender da ajuda de alguém na locomoção", conta a aposentada que passou pela primeira cirurgia de implante de prótese de joelho navegada realizada em Três Lagoas.

Segundo o ortopedista responsável pelo caso, Ibsen Arsioli Pinho, a cirurgia feita no Hospital Cassems, devolve à aposentada autoestima e qualidade de vida. "Ela não toma mais analgésicos e se livra de futuros problemas ligados aos efeitos colaterais destes medicamentos".

Dona Maria foi a primeira paciente do município a receber uma prótese nã cimentada e de tecnologia francesa, com isso, conforme o ortopedista, é possível reduzir a margem de erro do implante e também dos riscos pós-cirúrgicos. "O primeiro conceito da prótese é o uso da navegação, ou seja, a partir do robô é demarcada cada ponto com maior precisão e isso minimiza os erros. Além disso, não é preciso usar o cimento para a fixação da prótese. Isso na história da medicina ortopédica é um grande avanço porque é como se a prótese na parte interna dela fosse totalmente porosa", pontua. 

Na prática, o paciente terá uma série de benefícios pós-cirúrgicos, como a diminuição do índice de rejeição, melhora sangramento pós-operatório, melhora o quadro doloroso, a recuperação do paciente é bem melhor e evita os riscos de tromboembolismo – uma complicação  que pode levar o paciente a óbito.
Quase um mês depois de ter se submetido à cirurgia, dona Maria ainda se recupera e aos poucos é liberada para voltar a fazer atividades rotineiras. "Só agradecer. Melhorando a cada dia e sem passar dor e sem remédios", comemora.