O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), em parceria com a Associação Parkinson Brasília, promove hoje (19) um mutirão para diagnosticar, orientar e tratar pacientes com doença de Parkinson. Quanto mais cedo o paciente iniciar o tratamento, melhor é a evolução do caso, segundo os médicos.
O neurocirurgião Nasser Allan trabalha desde 1991 com pacientes que tenham Parkinson – ano em que fundou o único ambulatório especializado do DF. Para ele, iniciativas como a de hoje ajudam as pessoas que têm dificuldades em fazer o tratamento. “A ideia é dar oportunidade a quem acha que tem a doença, ou quem já tem um encaminhamento e não consegue marcar [consulta]."
O neurocirurgião apontou ainda a falta de especialistas na área como um dos empecilhos para o pronto-atendimento aos pacientes. Daí a necessidade de se fazer o mutirão. “A demanda que chega ao hospital é muito grande, não temos condições de atender a todos pelas vias normais.”
O presidente da Associação Parkinson Brasília, Carlos Anibal Patto, ressalta a importância de as pessoas tomarem conhecimento da doença. “Tem muita gente que não sabe, então não procura tratamento”, diz. Carlos sofre da doença há 20 anos, porém, mesmo estando na fase avançada, consegue ter uma vida relativamente normal, devido ao tratamento.
O aposentado Ronaldo Nogueira tomava remédio por conta própria até ser orientado a procurar o Hospital de Base. “Procurei tratamento no início deste ano, desde então tudo está se encaminhando perfeitamente”, disse. Ronaldo ressaltou ainda a importância do fornecimento de remédios pelo governo. “Os remédios são muito caros, então é importante o trabalho do governo em fornecer os medicamentos.”
Em todo o DF, há cerca 3 mil pessoas portadoras de Parkinson. A doença não tem cura. Porém, o tratamento pode amenizar os sintomas, proporcionando uma melhora na qualidade de vida dos portadores, de acordo com o neurocirurgião.