O primeiro Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) realizado em Três Lagoas, em 2019, apontou que o município está com 1,4% de infestação. O percentual coloca a cidade ainda em situação de alerta, já que de uma a três casas estavam infestadas a cada 100 propriedades pesquisadas, conforme o Ministério da Saúde. O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira (14) pelo Setor de Controle de Endemias da Diretoria Municipal de Vigilância em Saúde e Saneamento.
O LIRAa é uma metodologia de trabalho que ajuda a mapear os locais com altos índices de infestação do mosquito Aedes aegypti e identificar os criadouros predominantes. O índice é considerado satisfatório quando fica abaixo de 1%; situação de alerta quando está no intervalo entre 1% e 3,9%; e indica risco de surto quando é igual ou superior a 4%.
De acordo com o Setor de Endemias, seis bairros apresentaram maior índice da doença: Distrito Industrial, Vila Maria, Jardim Imperial, Lapa, Jardim Nova Americana e no Bairro Vila Haro. Somente nas duas primeiras semanas do mês de janeiro foram notificados 307 casos suspeitos de dengue. Já em 2018 foram mais de cinco mil notificações, dois mil pacientes diagnosticados com a doença e duas mortes.
Monitoramento
Os pequenos depósitos móveis, como baldes, vasilhas, copos de plástico, bebedouros de animais de estimação e outros se destacaram em primeiro lugar, onde mais focos de criadouros foram encontrados, representando, 39,5%.
Em seguida, com 34,9% dos criadouros localizados, está o lixo em geral, ou seja, os criadouros formados em latas, plásticos, sucatas e entulhos. E, em terceiro lugar, com 18,6%, estão os chamados “depósitos fixos”, encontrados dentro das residências, como ralos de banheiros, vasos sanitários com pouco uso ou de casas desabitadas.
O coordenador do Setor de Controle de Endemias, Alcides Divino Ferreira, disse que a partir de agora dará início uma série de ações de enfrentamento ao mosquito Aedes. A primeira medida será visitar os imóveis de todos os quarteirões onde foram localizados focos de vetores.
“Nossas equipes estarão priorizando o cruzamento de informações com o Setor de Vigilância Epidemiológica, que também investiga e tem informações das casas e localidades onde foram notificados mais casos suspeitos de dengue", explicou. Declarou ainda que as ações de bloqueio químico nos bairros com maiores índices de infestação, por meio do fumacê, terão continuidade.
O Exército também deverá atuar como força-tarefa contra a proliferação do mosquito, principalmente, nos bairros apontados.