A dor de cabeça é um dos tipos de dor que mais afetam a população e um dos principais alvos do automedicamento – seguida de perto pela dor nas costas. A enxaqueca, por exemplo, atinge 15 milhões de brasileiros e 400 milhões de pessoas no mundo todo.
Apesar de os pacientes se acostumarem a episódios de dor, é importante ficar atento se surgirem novos sintomas: náuseas, tonturas e formigamento nos braços; maior intensidade da dor ou ainda aumento na frequência das crises.
Nessas condições, para uma investigação mais completa, o exame de ressonância magnética (RM) é o mais indicado, já que pode identificar causas orgânicas da dor – como lesões vasculares, tumores benignos e malignos, além de infecções e outras causas mais raras.
De acordo com Flávia Cevasco, neurorradiologista do CDB Medicina Diagnóstica, em São Paulo, a RM é um exame complementar que fornece informações adicionais ao clínico e neurologista, sendo indicada nos casos em que não há resposta satisfatória ao tratamento convencional.
“Os aneurismas acometem uma parcela importante da população, havendo um componente familiar associado, e podem ser causa importante de morbimortalidade”, disse.
O diagnóstico deve ser confirmado por arteriografia digital, que já possibilita o tratamento endovascular. Já a RM do encéfalo, na maioria das vezes, detecta malformações vasculares e tumores benignos e malignos, que podem ser diferenciados através de sequências que estudam perfusão, ou seja, o volume e a velocidade do sangue dentro dos tumores; e difusão, que se baseia na composição das células do tumor. “Essas informações, somadas às sequências tradicionais da RM, podem ser utilizadas ainda na programação do tratamento e na localização cirúrgica”.
CAUSAS
Flávia Cevasco ressalta que a maioria das causas de dor de cabeça são benignas e tratadas clinicamente sem necessidade de exames complementares. Mas, em casos específicos, há várias possibilidades diagnósticas que ajudam a definir a causa e o tratamento.