De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Saúde de São Paulo, em 2015, o número de casos de sífilis apresentou o expressivo aumento de 603% nos últimos seis anos. Os índices dos quadros congênitos também mostrou crescimento, chegando a 135% – todavia, o valor nas gestantes é o mais impressionante, de 1.047%.
Causada pela bactéria Treponema pallidum, a sífilis manifesta-se em até três estágios, com mais sintomas nos dois primeiros. A principal via de transmissão é através do contato sexual, mas a infecção também pode ser transmitida da mãe para o feto durante a gravidez ou no momento do nascimento. O quadro primário, chamado cancro duro, é caracterizado por úlcera genital, geralmente indolor, que ocorre no local de contato com a bactéria. Muitas mulheres não percebem a existência da lesão.
Essa fase desaparece após cerca de duas a três semanas, sendo que a mulher pode evoluir para a sífilis secundária, com lesões de pele que favorecem o diagnóstico; além disso, também é comum queda de cabelo e manchas. O período correto para tratamento é anterior a um ano.
Controlar a doença durante a gestação é medida primordial para se evitar a transmissão para o recém-nascido. Uma das medidas para tanto é o tratamento com penicilina benzatina, que passa pela barreira placentária e protege o feto concomitantemente.
Em casos congênitos, pode ocorrer aborto, má formação do feto ou morte no nascituro. O cuidado deve ser especial no momento do parto, a fim de evitar sequelas no bebê como cegueira, surdez e deficiência mental. Seus sinais podem surgir após o nascimento até os primeiros dois meses de vida. (Com informações do Ministério da Saúde)