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Alerta

Síndrome do Túnel do Carpo: doença das mãos

Problema é mais comum do que parece e acomete mulheres a partir dos 30 anos

Problema pode surgir após dormência e desconforto nas mãos. - Ilustração
Problema pode surgir após dormência e desconforto nas mãos. - Ilustração

Formigamento e dores nas mãos, dificuldade em segurar objetos ou abotoar roupas, fraqueza ou dor nos punhos. As descrições são de sintomas que podem passar despercebidos quando nos acostumamos aos movimentos repetidos diariamente no computador, por exemplo, segundo o ortopedista Robson Hideki Otino. “Entretanto, se constantes, eles podem ser os primeiros sinais de uma das doenças mais frequentes nas mãos: a Síndrome do Túnel do Carpo”, afirma. O nome pode parecer estranho, mas a doença é cada vez mais comum nos consultórios. 

De acordo com o ortopedista, a neuropatia que causa dormência, dor e desconforto na mão afeta cerca de 75 milhões de pessoas em todo o mundo. 

A doença é comum em músicos, digitadores, escritores, pessoas que trabalham no computador e costureiras, justamente por serem atividades manuais ou que forçam uma mesma posição das mãos. Acomete mais mulheres com faixa etária que vai dos 30 aos 40 anos de idade. “E aí está uma das principais causas da doença, a Lesão por Esforço Repetitivo (LER)”, complementa. 

POR DENTRO
No centro do punho há um espaço denominado túnel do carpo, onde um nervo importante — o mediano — e nove tendões estendem-se do antebraço até a mão. A parte superior desse túnel é formada por um forte ligamento, denominado ligamento transverso do carpo. “Quando há edema no túnel do carpo, a pressão se acumula no nervo mediano, que fornece a maior parte da sensibilidade e do movimento aos dedos e ao polegar. Se essa pressão for forte o suficiente para comprimir o nervo mediano, pode ocorrer a síndrome”, explica Robson Otino.

TRATAMENTO
O tratamento, conforme Robson, geralmente, apresenta bons resultados quando o diagnóstico é feito precocemente. “Muitas doenças ocupacionais e inflamatórias no membro superior podem simular os sintomas da síndrome, podendo até gerar alterações no exame. Uma consulta médica detalhada com um exame clínico específico é fundamental para o diagnóstico correto e, consequentemente, um tratamento adequado”, esclarece.