O Ministério da Saúde informou hoje (5) que as mulheres que colocaram silicone da marca PIP – em decorrência de algum problema de saúde como câncer de mama – podem procurar um hospital público para fazer a troca da prótese gratuitamente, caso apresentem problemas.
Os implantes mamários da marca francesa PIP foram condenados por várias agências sanitárias do mundo por usarem um material inseguro e não homologado, o que aumenta o risco de rejeição, vazamento e outros problemas entre usuárias.
No Brasil, uma das mulheres que apresentou sequelas – dores intensas e nódulos – usou a prótese após fazer uma cirurgia de mastectomia – retirada total da mama por causa de um tumor maligno na mama.
A decisão brasileira de custear gratuitamente a troca da prótese só vale para casos como este e não para pacientes que fizeram cirurgia plástica con fins estéticos.
O Ministério informou que este é um procedimento padrão no Sistema Único de Saúde (SUS) já que a colocação de silicone em unidades públicas sempre teve o fim reparador, independentemente da marca do impante utilizada.
Outros governos também anunciaram o mesmo movimento como França – país em quem os primeiros relatos de efeitos adversos foram notificados – Venezuela e Colômbia.
Segundo o Ministério brasileiro, mesmo que a colocação da prótese tenha sido realizada em um hospital particular, a troca pode ser feita agora em um hospital público, desde que o motivo da plástica tenha sido motivado por doença.
Para saber a marca do seu implante, a mulher precisa procurar o cirurgião plástico responsável ou a clínica onde o procedimento foi feito. O próximo passo, informa o Ministério, é procurar um hospital público próximo da própria residência e pedir informações sobre como proceder.
“Caso a unidade não faça a troca da prótese, ela pode encaminhar a paciente para um hospital referência”, informou a pasta por meio de sua assessoria de imprensa.