Somente neste ano, 117 casos suspeitos de leishmaniose visceral humana foram registrados e até o momento quatro confirmados, em Três Lagoas. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, uma paciente ainda aguarda o resultado do exame laboratorial e outra pessoa voltou a ter os sintomas da doença. A incidência é considerada alta pelo setor da saúde, o que faz com o município fique na lista dos maiores índices de leishmaniose em Mato Grosso do Sul.
Uma morte pela doença foi registra em abril deste ano na cidade. A vítima foi um homem de 53 anos, morador do bairro Santa Júlia. Situação essa que deixa as autoridades da área em alerta. Para tentar diminuir a incidência, equipes do setor de Endemias e da Diretoria de Vigilância em Saúde e Saneamento participam de um curso teórico e prático de reciclagem no controle do vetor da doença, o mosquito flebótomo.
O curso, iniciado na terça-feira (28) e que segue até esta quinta-feira (30), é ministrado pelo técnico de Controle de Vetores, especialista em leishmaniose da Secretaria Estadual de Saúde (SES), lotado no Núcleo Regional de Saúde, em Três Lagoas, Doilio Aparecido Dias. “O objetivo principal é a proteção da saúde das pessoas”, pontuou. Além disso, orientou sobre como proteger alimentos da casa, como liberar os móveis e utensílios das paredes, como orientar também os moradores quanto às doenças e quanto ao produto.
A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, astenia, adinamia e anemia, dentre outras manifestações. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos. No Brasil, a principal espécie responsável pela transmissão é o mosquito-palha.