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Alerta

1º caso de chikungunya na cidade reforça necessidade de combate ao Aedes aegypti

A quantidade de casos pode ser maior, pois alguns pacientes sintomáticos estão sob investigação e aguardam exames

1º caso de chikungunya na cidade reforça necessidade de combate ao Aedes aegypti - arquivo/JPNews
1º caso de chikungunya na cidade reforça necessidade de combate ao Aedes aegypti - arquivo/JPNews

Depois que o primeiro caso de chikungunya foi confirmado nesta semana, Três Lagoas reforça a necessidade de combate ao mosquito Aedes aegypti causador da doença juntamente com a zika e dengue.

Além do primeiro caso de chikungunya, o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde no último dia 11 de abril, apontou ainda 1605 casos confirmados de dengue e mais de 4,4 mil notificações neste ano. 

Segundo Vinícius Neves, que é médico de família e comunidade do Setor de Vigilância Epidemiológica, há suspeita de que haja ainda casos de zika e outros casos de chikungunya, uma vez que outros pacientes sintomáticos estão sob investigação.

A confirmação demora para acontecer por que os exames são enviados para Campo Grande, e o volume também tem sido muito alto. A paciente infectada em Três Lagoas é uma criança de 12 anos, moradora do bairro Santa Rita. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, ela passa bem. Os sintomas começaram a surgir no mês de fevereiro e a confirmação só veio agora em abril. 

Neves esclarece que as três doenças, em geral, apresentam sintomas semelhantes, porém alguns sinais mais específicos chamam a atenção para cada uma delas. A chikungunya causa muito mais dores nas articulações como mãos, dedos, cotovelos e joelhos. “Elas podem permanecer por até cinco anos, o que debilita o paciente mesmo depois do período de sintomas mais fortes”. 

Já quando a pessoa é acometida pela zika, a coceira e as manchas na pele aparecem de forma mais intensa. “Dengue e chikungunya também demonstram esses sinais, mas na zika eles são mais fortes”. 

O médico explica ainda que, além da preocupação com os exames para confirmar qualquer uma das três doenças, é preciso voltar as atenções para a hidratação. “Esta medida é muito importante e pode determinar se a pessoa vai precisar ou não ser encaminhada para uma unidade de terapia intensiva”. O ideal é que a quantidade de líquido recomendada diariamente, que é de 2,5 litros, seja dobrada. 

A população deve estar atenta também aos outros sintomas que podem indicar agravamento dos casos como: sangramentos, vômitos persistentes por mais de três dias, dores na barriga, sensação de desmaio ou fraqueza intensa. “As unidades de saúde devem ser procuradas imediatamente pois o quadro pode estar mais muito mais sério”.