Desde a semana retrasada a 2ª Lagoa de Três Lagoas tem sido alvo de polêmica, após a prefeitura realizar a limpeza do local.
A partir de então, o assunto foi tema de debates nas sessões da Câmara. Alguns vereadores a favor da limpeza, outros contra alegando possível crime ambiental na área.
Nesta terça-feira (10), o secretário municipal de Meio Ambiente, Toniel Fernandes, por meio de nota divulgada pela prefeitura, se pronunciou sobre o assunto.
O secretário explicou que a limpeza feita no local é a primeira etapa para o processo de recuperação da vegetação nativa, por meio do plantio de mudas de espécies arbóreas. “Ao contrário do que alguns pensam, a lagoa não está sendo degradada ou desmatada, muito pelo contrário, estamos retirando todo o entulho, lixo, mato e vegetação invasora e preparando a área para receber o projeto de plantio”, justificou.
Ainda segundo o secretário, o local era ambiente de descarte de entulho, lixo, galhada, móveis e segundo relatos, até mesmo desova de cadáveres. Segundo o vereador Adriano César Rodrigues (PSC), durante discurso na tribuna da Câmara nesta terça-feira (10), quando estava exercendo a função de policial, atendeu três ocorrências desse tipo no local.
“Foi necessário fazer a limpeza do solo para que ocorresse o nivelamento e retirada dos resíduos. Este mesmo processo de limpeza foi iniciado no ano de 2018, em área que no momento já se encontra recoberta por vegetação rasteira invasora, a qual é controlada, por meio de roçadas a trator”, acrescentou o secretário de Meio Ambiente.
Na tarde desta terça-feira, a comissão de Meio Ambiente da Câmara vai se reunir com o promotor de Justiça do Meio Ambiente para discutir o assunto.
PROJETO
O projeto, segundo Toniel, contempla o entorno da lagoa com o plantio de árvores nativas, beneficiando aves e outros animais da região, além de proteger o solo ao redor da lagoa.
Ainda de acordo com a Secretaria do Meio Ambiente, outros recursos de compensação poderão ser destinados para a região, no sentido de custear obras que tornarão a área atrativa a visitantes, fomentando o turismo regional.
O plantio é fruto de compensação ambiental de uma obra licenciada pelo IBAMA, no caso o Sistema de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON), o qual está vinculado ao Ministério da Defesa, segundo a secretaria.