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Com baixa procura, Saúde alerta para vacinação de crianças contra poliomielite

A doença não tem cura e pode deixar sequelas permanentes

Poliomielite não tem cura, pode causar paralisia infantil e única forma de proteção é a vacina - Divulgação
Poliomielite não tem cura, pode causar paralisia infantil e única forma de proteção é a vacina - Divulgação

Por conta da baixa procura pelas vacinas contra a poliomielite, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), juntamente com a Diretoria de Saúde Coletiva e a Diretoria de Vigilância Epidemiológica, emitiu um comunicado para sensibilizar os pais e responsáveis de crianças menores de um ano de idade, para a vacinação. A doença não tem cura e pode deixar sequelas permanentes, sendo que a única forma de proteção é a vacina.

A secretaria lembra os pais que, mesmo com a pandemia de Covid-19, devem levar suas crianças até a unidade de saúde mais próxima de sua residência e garantir a imunização da criança.

“Precisamos realizar esforços para atingir os indicadores estabelecidos pelo Ministério da Saúde e manter o país livre da doença. A vacinação de bebês e crianças é um ato de amor e de responsabilidade, e precisamos que os pais façam a sua parte”, comentou a secretária da pasta, Elaine Fúrio

Cobertura vacinal

Em 2021, conforme a Diretoria de Saúde Coletiva, o percentual de crianças vacinadas ainda não superou 45%, por conta disso o município corre risco de infecção com o vírus da pólio já que a imunização coletiva só é eficaz com 95% do público vacinado.

Hoje, o Brasil está livre da circulação do vírus da poliomielite (poliovírus), e foi certificado disso pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em 1994. Porém, em alguns países como Afeganistão, Paquistão e Nigeria, ainda circula o vírus da doença, conhecida também como paralisia infantil. Isso está associado às baixas coberturas vacinais, e coloca todos os outros países, inclusive o Brasil, em risco de reintrodução da pólio.

Quem deve se vacinar contra a pólio?

De acordo com o calendário de vacinação do SUS, a vacina é dividida em três doses injetáveis aplicadas nas crianças de dois, quatro e seis meses de idade, além de reforço com duas doses da VOP, Vacina Oral de Poliomielite, um aos 15 meses e outro aos quatro anos de idade. É considerada protegida, a criança, maior de cinco anos, que tenha tomado pelo menos cinco doses da vacina contra a doença.

O que é a pólio?

A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença altamente infecciosa causada pelo poliovírus que invade o sistema nervoso e pode causar paralisia.

O vírus é transmitido por contato direto de pessoa a pessoa, principalmente através da via fecal-oral ou, menos frequentemente, por um veículo comum (por exemplo, água ou alimentos contaminados) e multiplica-se no intestino. Também por via oral-oral, por meio de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar).

Os sintomas iniciais são: febre, dor de cabeça, mal-estar, espasmos, vômito, dor de garganta, diarreia. Nas formas mais graves instala-se a flacidez muscular, que afeta os membros inferiores.

Vacinação pentavalente

A Secretaria Municipal de Saúde também aproveitou para reforçar a necessidade de se aplicar a vacina Pentavalente (vacina DTP), que é ministrada com dois, quatro e seis meses de idade, e reforços aos 15 meses e aos quatros anos.

Esse imunizante garante proteção contra as doenças: difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e a bactéria Haemophilus Influenza tipo B que é responsável por infecções no nariz e garganta.