Veículos de Comunicação

Dia Internacional da Mulher

A força da hidrelétrica vem das águas, mas também da coragem das mulheres

8 de março > No dia Internacional das Mulher, destacamos histórias de profissionais que desafiam estatísticas e mostram que lugar de mulher é onde ela quiser

Força feminina na energia > Mulheres que transformam a Usina de Jupiá
Força feminina na energia > Mulheres que transformam a Usina de Jupiá

No coração da Usina Hidrelétrica de Jupiá, em Três Lagoas, onde a força da água gera energia para milhares de pessoas, três mulheres fazem história em um setor historicamente dominado por homens. Geicielle Vaz, Karini Rossettie, Enyalle Chrystine, enfrentam desafios diários para garantir que a usina funcione com precisão e segurança. No Dia Internacional da Mulher, suas trajetórias servem de inspiração para muitas outras que desejam seguir carreira na área.

Desafios e Conquistas
Enyalle Chrystine, técnica em eletrotécnica e engenheira eletricista, trabalha na usina de Jupiá há quase seis anos. Criada em Alpinópolis, Minas Gerais, sempre teve como referência o trabalho em usinas hidrelétricas. Sua jornada começou com um estágio na Eletrobras Furnas e, após concluir a graduação, ingressou na usina através de um processo seletivo.

“A nossa função é garantir que a usina permaneça gerando energia com segurança, tanto para os equipamentos quanto para os trabalhadores”, explica Enyalle. Mesmo sendo a única mulher no setor de operação, destaca que sempre foi respeitada pelos colegas. “No início, tive receio de como seria aceita, mas o ambiente sempre foi muito profissional e acolhedor”, afirma.

Persistência e determinação
Karini Rossettie, técnica em eletrônica, está há sete anos na usina. Inicialmente, não imaginava que trabalharia em uma hidrelétrica, mas encontrou sua paixão na área. Hoje, atua na manutenção de painéis da usina, sendo a única mulher de seu setor.
“No começo, tive receio, mas hoje me sinto completamente adaptada. Meus colegas sempre me respeitaram, e eu não me imagino trabalhando em outro ambiente”, relata Karini. Além da rotina na usina, ela concilia a vida profissional com a maternidade. “Tenho uma filha de dois anos, a Mirela, e mesmo com a correria, consigo equilibrar tudo”, conta.


Paixão pela engenharia
Geicielle Vaz, técnica em manutenção mecânica, sempre soube que queria trabalhar em uma hidrelétrica. Seu interesse surgiu ainda na infância, durante uma excursão escolar. Determinada, investiu na formação acadêmica e, além do técnico, cursou engenharia mecânica e especializações na área de manutenção preditiva.

“Trabalhar na usina é um sonho realizado. Me sinto completamente à vontade aqui”, diz Geicielle, que também destaca o apoio do marido na divisão das responsabilidades domésticas. “Ter uma rede de apoio é fundamental para que as mulheres possam crescer na carreira sem abrir mão da vida pessoal”, enfatiza.


Inspirando outras mulheres
Para Geicielle, Karini e Enyalle, a presença feminina na engenharia e na operação de usinas é uma prova de que as mulheres podem estar onde quiserem. Elas acreditam que a qualificação profissional é essencial para conquistar espaço em qualquer setor.
“Acreditem em si mesmas. Muita gente pode dizer que é difícil, mas se você tem determinação e suporte, você pode chegar onde quiser”, incentiva Enyalle. “O lugar da mulher é onde ela quiser estar”, completa Karini.

A história dessas três profissionais reforça que a energia que move o Brasil também passa pela força e determinação feminina. No Dia Internacional da Mulher, elas são exemplos vivos de que nenhuma barreira é grande demais para ser superada.