O planejamento familiar é um direito garantido pela Constituição Federal Brasileira e permite que as mulheres possam escolher diversos métodos contraceptivos para evitar uma gravidez não planejada. Assim, o Município de Três Lagoas oferece vários tipos de anticoncepcionais hormonais e não hormonais pelo Sistema Único de Saúde (Sus).
Tanto que a atenção primaria da Secretaria Municipal de Saúde (Sms) realizou em seis meses 114 procedimentos de inserção do dispositivo intrauterino (DIU) e, juntamente com a Clínica da Mulher, foram ofertados, entre o ano de 2021 até o momento, 381 procedimentos.
A colocação do dispositivo no consultório médico é bastante simples e, de acordo com o ginecologista Dr. Rafael Cassemiro, pode ser usado por praticamente toda mulher. “Inclusive, logo após uma gravidez ou aborto. O DIU pode ser colocado desde a adolescência até a menopausa e não possui grandes efeitos colaterais”, enfatizou.
Onde procurar atendimento?
Hoje, o município de Três Lagoas oferta o procedimento do DIU através da Clínica da Mulher – Av. Cap. Olinto Mancini, 2034 – Centro -, e também nas Unidade de Saúde da Família (USFs) do Vila Alegre, Paranapungá, Novo Oeste, Santa Luzia e São Carlos e é realizado tanto por especialista como por generalistas da Atenção Primária à Saúde (Aps).
O DIU é seguro?
Vale ressaltar, que o DIU não causa infertilidade ou aborto, e a mulher volta a poder engravidar imediatamente após a retirada do dispositivo. “Também é muito importante frisar que o DIU não dispensa o uso de camisinha, pois ele não previne contra doenças contraídas sexualmente. Além de que se faz necessário acompanhamento, conforme orientação médica, para controle e manutenção”, enfatizou Rafael Cassemiro.
A Secretária Municipal de Saúde, Elaine Fúrio, explicou, também, que o DIU é um dos métodos contraceptivos mais eficientes e possui uma durabilidade de até dez anos. “A atenção primária é um cenário importante para ofertar o DIU, pois é a principal porta de entrada para o planejamento reprodutivo, o que vai facilitar e ampliar o acesso”, frisou Elaine Fúrio.
O coordenador da Unidade de Saúde do Novo Oeste, Fernando Garcia, enfatiza que “garantir o amplo acesso ao planejamento familiar, vai possibilitar mais autonomia na decisão do melhor momento de ter um filho, mais que isso, reduzir os indicadores de gravidez não planejada, abortos e, consequentemente, mortalidade materna.”