Tomada pelo mato e abandono, a área da antiga estação ferroviária de Três Lagoas recebe serviços de limpeza após reclamações de moradores que residem no entorno do local. Eles alegam descaso e também o risco da proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável por transmitir dengue, zika vírus e a febre chikungunya. Os trabalhos iniciaram no local sábado, 23, e deverá ter continuidade nesta segunda-feira, 25.
De acordo com o secretário municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação, Antônio Rialino Mdeiros, a região é a antiga Esplanada Noroeste do Brasil (NOB) e de responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Segundo ele, várias notificações foram feitas para que o órgão realizasse os serviços e o monitoramento do local, mas não houve retorno.
Dessa forma, a Prefeitura Municipal fez parceria com uma empresa privada, possibilitando os trabalhos de limpeza na área, localizada no Centro da cidade. “Por várias vezes, encaminhamos ofícios e solicitações ao DNIT sobre a situação do NOB e a necessidade de se promover limpeza em todo o local. Porém, nunca houve uma resposta e para que a população não corra risco de doenças conseguimos a parceria”, explicou o secretário.
Os serviços em toda a região deverão ser finalizados em 30 dias. A estação foi desativada há anos, mas era ocupada pelo escritório da América Latina Logística (ALL), empresa responsável pela administração e operação da ferrovia.
A ALL desocupou o prédio em 2015, desde que o novo escritório da empresa foi transferido para uma área mais afastada do perímetro urbano, acompanhando o contorno ferroviário. De lá para cá, toda a área que pertencia à ferrovia está abandonada.