Veículos de Comunicação

Caso Maísa

Acusado da morte de detento dentro do presídio em Três Lagoas é inocentado em julgamento

MP pediu absolvição por entender que ele não faria parte do PCC, outros oito acusados foram condenados a mais 320 anos de cadeia

https://youtube.com/watch?v=NEs485ooilg
Familiares acompanharam durante todo o trabalho no tribunal - Marcelo Marcos
Familiares acompanharam durante todo o trabalho no tribunal - Marcelo Marcos

Após mais de 12 horas de julgamento um dos acusados da morte de José Leandro Carvalho de Jesus, foi absolvido pelo tribunal do júri em Três Lagoas. Estavam sentados no banco dos réus, Fernando Barrinha Antonácio, Paulo César Pereira de Paula e Euclides Marciel Pires Katuaki Kudo.

Pela acusação os três seriam integrantes do PCC e teriam matado Leandro dentro do presídio em 2015. Leandro estava preso por ser um dos autores da morte de Maísa Martins, de 12 anos, sobrinha de Fernando Barrinha que na época foi considerado um dos integrantes da facção.

O Ministério Público pediu pela absolvição de Fernando Barrinha Antonacio , por não ter provas suficientes contra ele e não existir comprovação de que o mesmo faria parte do PCC. Fernando deve ser solto ainda esta semana.

Os outros dois acusados foram condenados a prisão em regime. Paulo César Pereira de Paula teve pena fixada em 40 anos de reclusão e Euclides Marciel Pires Katuaki Kudo a 36 anos de cadeia. Ambos já cumprem pena por outros crimes.

Inicialmente sentaram no banco dos réus Arison Rodrigo Moreira, Fabrício Cássio Vitória da Silva, Igor de Souza Alves, Mateus Alves de Melo, Maicron Selmo dos Santos e Everton Rodrigues de Queiroz todos acusados da morte de José Leandro. Todos foram condenados em média há 40 anos de prisão em regime inicialmente fechado.

Nenhum dos três acusados esteve presente no julgamento, todos participaram por videoconferência, direto do presídio em Campo Grande.

ENTENDA O CASO

Conforme o processo, Fernando teria sido autorizado por outros criminosos a montar julgamento por videoconferência de José Leandro. Participaram do julgamento  criminosos de dentro e de fora do presídio, fato que não foi confirmado pelo MP.

De acordo com os autos da denúncia do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul, José Leandro teria sido atraído a uma cela e recebido o comunicado da decisão do tribunal do crime, sendo obrigado a cometer suicídio ingerindo um coquetel apelidado pelos presos de “gatorade”, mistura composta por cocaína e bebidas alcoólicas e que leva a morte por overdose. Como Leandro não teria morrido com a bebida os detentos então asfixiaram a vitima até a morte. Dos nove acusados do crime oito foram condenados e um foi abosolvido.

ASSISTA