Veículos de Comunicação

Polícia

Acusado por homicídio pega 24 anos

Juarez Martins Pereira foi condenado à pena máxima pela morte de Aline Lopes; crime foi cometido por vingança da mãe dela

Juarez Martins Pereira foi condenado à pena máxima pela morte de Aline Lopes - Elias Dias/JP
Juarez Martins Pereira foi condenado à pena máxima pela morte de Aline Lopes - Elias Dias/JP

A Justiça de Três Lagoas condenou, ontem, a 24 anos de cadeia um homem acusado de matar a tiros uma enteada, dentro de um salão de beleza, em outubro de 2008. Juarez Martins Pereira confessou ter cometido o crime por vingança da mãe da vítima, com quem mantinha um relacionamento amoroso. Após a sentença, Donaldina Rosângela de Souza – mãe de Aline Lopes – disse sentir-se aliviada com a condenação do ex-marido.

O julgamento do caso foi envolvido em clima de comoção popular. A mãe convocou, pela imprensa e por redes sociais, amigos e parentes para uma manifestação em frente ao prédio do Fórum, pela manhã, no horário de abertura do julgamento. Cerca de 30 pessoas foram. “A maioria era de parentes nossos e alguns amigos”, disse Donaldina que, mesmo assim, comemorou.

“Eu queria que fosse mais gente, mas foi bom porque mostrou o desejo do povo de que tinha de ser feita justiça. O que o povo queria era isso mesmo, que fosse feita justiça e que ele ficasse preso por bastante tempo (sic)”, disse, ontem,  por telefone.

Durante todo o julgamento, Donaldina manteve-se emotiva. Falou com pessoas que se aproximaram e abraçou conhecidos. “No começo [da manifestação] tinha pouca gente em frente do Fórum. Mas, durante todo o julgamento, a sala do Fórum ficou lotada. Foram lá autoridades da cidade, policiais aposentados que me ajudaram neste tempo todo e foi muito bom receber apoio (sic)”, relatou.

Juarez chegou ao Fórum pouco depois das 8h por uma entrada lateral, sem contato com os manifestantes. Ele não viu cartazes que pediam sua condenação à pena máxima. Na sala do júri, manteve-se o tempo todo de cabeça baixa e não falou com dois dos quatro advogados inscritos em seu processo.

Na leitura da sentença, o juiz Rodrigo Pedrini Marcos foi apenas até o quarto quesito – regra aplicada para ocultar o placar da condenação. Até aí, Juarez foi considerado culpado pelo crime pelos jurados. Não houve uma comemoração ao final do júri, mas o clima foi de alívio, principalmente para Donaldina. “Era o que eu esperava há muito tempo”, disse.

Pessoas que estavam por perto abraçaram a mãe. Algumas choraram.