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Água Clara

Advogado do interior é alvo de operação do Gaeco

Grupo de repressão ao crime organizado aponta que o investigado passou a prestar serviços a traficantes e até estocar drogas

Investigado foi preso no município de Água Clara - Foto: Reprodução/MPMS
Investigado foi preso no município de Água Clara - Foto: Reprodução/MPMS

Um advogado atuante em Água Clara-MS, município a 150 quilômetros de Campo Grande, foi alvo da 2ª fase da Operação Expurgo, deflagrada nesta terça-feira (21) pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).

As investigações do Gaeco começaram há um ano e apontam que o advogado extrapolou os limites da defesa jurídica e passou a integrar diretamente a organização criminosa, para a qual inicialmente prestava serviços, chegando a gerenciar o dinheiro oriundo do tráfico de drogas e até concordar em guardar uma determinada quantidade de cocaína em seu escritório.

A identidade dele não foi divulgada pelo MPMS e, há pouco, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS) divulgou uma nota informando que acompanhou os trabalhos do Gaeco. (veja abaixo)

A investigação foi promovida pela Promotoria de Justiça de Água Clara com o apoio do Gaeco, a partir das informações obtidas com a Operação Expurgo, deflagrada em outubro de 2022 pela Polícia Civil e pelo Ministério Público, para desmantelar uma organização criminosa, que atuava dentro e fora dos presídios da região.

Na época, a organização criminosa sofreu desfalque aproximado de R$ 600 mil, quando foram cumpridos 26 mandados de prisão preventiva e 25 mandados de busca e apreensão pelo crime de tráfico de drogas e demais delitos correlatos. A fase 1 da Operação Expurgo mobilizou, no ano passado, dois promotores de justiça, 94 policiais civis, 11 policiais penais, 27 viaturas e apoio aéreo de helicóptero.

NOTA DA OAB

"A respeito da operação deflagrada nessa manhã pelo GAECO, a Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Mato Grosso do Sul, informa que a Comissão de Defesa e Assistência se fez presente acompanhando as diligências, informando ainda que adotará as medidas legais cabíveis, inclusive de natureza disciplinar, respeitando sempre o direito à ampla defesa e contraditório, bem assim as prerrogativas da advocacia."