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Agente penitenciário é preso tentando levar droga e celulares para presídio de Três Lagoas

Homem foi preso em flagrante com 5,9 quilos de maconha

Com o agente penitenciário foram encontrados quase 6 quilos de maconha, um revólver e aparelhos celulares - Elias Dias/JP
Com o agente penitenciário foram encontrados quase 6 quilos de maconha, um revólver e aparelhos celulares - Elias Dias/JP

Um agente penitenciário, de 36 anos, funcionário do Presídio de Segurança Média de Três Lagoas foi preso, em flagrante, pelos policiais civis do Setor de Investigações Gerais (SIG), por tráfico de drogas, favorecimento real, posse de arma de uso permitido e posse de munição de uso restrito, que segundo o delegado Thiago Passos, pode ultrapassar 20 anos de prisão. Com ele e na casa foram apreendidos 5,9 quilos de maconha, além de alguns aparelhos celulares.

De acordo com o delegado titular do SIG, Ailton de Freitas, o agente vinha sendo investigado, após os policiais receberem a denúncia que um agente penitenciário levava droga e aparelhos para dentro da penitenciária. “Como hoje era plantão dele, logo pela manhã passamos a fazer diligências. Uma equipe ficou perto da casa dele e outra nas proximidades da unidade prisional. Abordamos o suspeito e com ele havia 2,6 quilos de maconha. Na casa dele localizamos mais 3,3 quilos do mesmo entorpecente, além de um revólver calibre 38, com número intacto, mas sem registro, além de munições de uso restrito e rolos de fita para embalar drogas”, explicou Ailton.

Passos revelou que o agente penitenciário, que é de Três Lagoas, fracionava a maconha em pedaços menores para facilitar a entrada no presídio. Com cada viagem ele recebia em média R$ 2 mil, embora tenha dito aos delegados que esta era a primeira vez que levava o material para a penitenciária.

O delegado lembra que, drogas, aparelhos celulares que são comercializados dentro dos presídios, tem valor até cinco vezes maior do que o praticado nas ruas.

O SIG tem 30 dias para concluir o inquérito. Neste período serão feitas investigações para saber se os celulares apreendidos na casa dele, tinham alguma ligações com aparelhos apreendidos anteriormente em outras operações no presídio.

O delegado Ailton afirma que acredita que o acusado, que atuava há 10 anos como agente penitenciário, agia sozinho e se tinha alguma ligação com o crime organizado, mas será feita investigação mais profunda sobre isso. “Ele já respondia inquérito por eventual improbidade administrativa, na esfera cível. Nesta sexta-feira mesmo seria encaminhado a uma sessão especial para policiais da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), onde permanecerá preso. Outros agentes também serão investigados, mesmo porque a Agepen tem prestado todo o apoio em nossas investigações neste sentido, fornecendo, inclusive, informações para esta investigação atual. A Agepen não compactua com as ações erradas se seus servidores”, destacou Ailton.