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Greve

Agentes cruzam os braços e custódia de 500 presos fica ameaçada

Greve dos agentes penitenciários do Mato Grosso do Sul está marcada para 2 de maio

Fachada de entrada do presídio de segurança média de Três Lagoas - Arquivo/JP
Fachada de entrada do presídio de segurança média de Três Lagoas - Arquivo/JP

Em assembleia realizada no dia 7 deste mês, agentes penitenciários do Mato Grosso do Sul decidiram aprovar indicativo de greve marcada para 2 de maio.

 Ao Jpnews, o vice- presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária (Sinsap), Lorival Mota, disse que a greve está prevista para ocorrer em todas as penitenciárias do Estado, inclusive na de Três Lagoas.

Além do reajuste salarial, a categoria reivindica melhores condições de trabalho, maior segurança aos servidores e alteração no plano de carreira.

Mota disse que existe um déficit "muito grande" de agentes penitenciários em todo o Estado. Em Três Lagoas, o déficit é de 71 servidores. No último levantamento realizado pelo sindicato, em setembro do ano passado, o presídio de segurança média da cidade contava com 45 servidores para quatro plantões, e 578 presos. “Não chega ter dez servidores por plantão, é muito desproporcional o número de presos para o de agentes. Em todo o Estado está um caos”, comentou.

O problema não se restringe apenas ao presídio de segurança média, mas de outras unidades de Três Lagoas. O presídio semiaberto da cidade, por exemplo, em setembro do ano passado tinha 16 servidores e 98 presos. Já o presídio feminino tinha 34 servidoras e 114 presas.

“No Estado inteiro a situação é assustadora. É preciso preservar a segurança dos servidores. Além de reivindicarmos melhorias salariais, estamos reivindicando também mais condições de trabalho e segurança. Com esse número de agentes é difícil os agentes desenvolverem suas atividades”, acrescentou.

Uma reunião entre o sindicato e o governo estava agendada para o dia 18 deste mês, mas foi desmarcada.