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Três Lagoas

Agentes encontram foco de dengue em 10% das casas

Município possui mais de 1,1 mil casos suspeitos da doença, que vem ‘ganhando força’ no outono

Agentes têm meta de visitar até 27,2 mil imóveis ao mês - Arquivo/JP
Agentes têm meta de visitar até 27,2 mil imóveis ao mês - Arquivo/JP

Os agentes de saúde intensificaram as visitas de fiscalização domiciliar em Três Lagoas devido à alta incidência de dengue. Conforme o coordenador de Endemias, Benício Donizete, os agentes de saúde de Três Lagoas estão visitando aproximadamente 6,8 mil residências por semana na cidade. Desse total, no entanto, cerca de 10% apresentam focos da dengue.

O coordenador também informou que, a região do bairro Santa Luzia é onde são encontrados focos com maior frequência. Além disso, os casos de reincidência são comuns na cidade.

Três Lagoas, explicou o coordenador, possui 62 agentes atuando nesse trabalho de visitas residenciais e orientação da população. Para o trabalho de bloqueio e borrifação onde há foco da doença ou casos confirmados, são designados oito agentes, que disponibilizam de quatro máquinas para a tarefa.

Segundo Benício, cada agente é responsável por cumprir uma meta individual de visitas, cerca de 800 a 1.000 casas, que são divididas em 62 micro áreas, em um período de dois meses. O que corresponde a uma média de 6,8 mil imóveis por semana e 27,2 mil residências por mês.

Benício ressalta que, mesmo com a visita diária dos agentes de saúde, a doença continua atingindo a população. A falta de conscientização, por vezes, é a principal colaboradora para que o mosquito se reproduza.

Em todos os casos de reincidência, o morador é notificado e tem um prazo de 15 dias para providenciar a limpeza do quintal. No entanto, alguns moradores insistem em não fazer a limpeza, nesse caso são encaminhados para a Promotoria Jurídica, para que o problema seja resolvido.

INCIDÊNCIA

Segundo o boletim epidemiológico n° 14 – semana 17, disponibilizado pela Secretaria de Estado de Saúde de MS (SES), Três Lagoas já tem 1.144 casos suspeitos de dengue, e, está classificada como um município de alta incidência de dengue, com a taxa de 1.043,5. Até a semana passada, a cidade contava com pouco mais de mil casos.

O índice de incidência é calculado com os números absolutos de casos suspeitos, divididos pela população residente de cada município, vezes 100 mil habitantes. Assim, os municípios são classificados como de baixa incidência, abaixo de 100 casos por 100 mil habitantes, moderada, de 100 a 300 casos por 100 mil habitantes, e, alta incidência, acima de 300 casos por 100 mil habitantes.

No Estado, o número de casos suspeitos é alarmante, 19.187 mil, desde o último boletim realizado ontem, 6, de maio. O boletim epidemiológico mostra que a dengue tem ‘ganhado força’ no outono, período em que a tendência é que ela recue.

MORTES

No último dia 29, a morte de um homem de 40 anos, por suspeita de dengue foi registrada. Amostras de sangue coletadas foram encaminhadas para Campo Grande, onde será esclarecido se a morte foi ou não, pelas complicações da dengue. A outra morte, foi de um jovem de 27 anos, no último sábado, 2, que também apresentava sintomas de dengue hemorrágica.

Como evitar a dengue:

A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.