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107 Anos Três Lagoas

Alavancada pela indústria e agropecuária, Três Lagoas é a 8ª mais rica do Centro-Oeste

Indústrias transformam realidade de Três Lagoas e indicadores mostram desenvolvimento da cidade

Indústrias transformam realidade de Três Lagoas e indicadores mostram desenvolvimento da cidade - Divulgação
Indústrias transformam realidade de Três Lagoas e indicadores mostram desenvolvimento da cidade - Divulgação

A soma de todos os bens e serviços produzidos no município faz com que Três Lagoas ocupe o 8º lugar entre os 30 municípios do Centro-Oeste com maiores PIBs (Produto Interno Bruto). Entre os 5,5 mil municípios brasileiros, Três Lagoas ocupa a 110ª lugar entre as cidades com maior capacidade de produção de riquezas no país, com um PIB de R$ 10,3 bilhões. Os dados são do IBGE e referem-se ao PIB de 2019, último levantamento divulgado pelo órgão. Em 2018, no entanto, Três Lagoas chegou a ocupar o 91º lugar, com PIB de R$ 11,5 bilhões.

Entre os 30 municípios do Centro-Oeste com maiores PIBs, seis são de Mato Grosso do Sul. Neste último levantamento, Campo Grande ficou em 3º lugar, com PIB de R$ 30,2 bilhões. Dourados em 10º, com R$ 9,4 bilhões, Ponta Porã em 23ª posição, com 3,2 bilhões, Corumbá em 25º, com R$2,7 bilhões, seguido por Maracaju em 30º lugar, com R$ 2,5 bilhões. 

Por setores, Três Lagoas se destaca no PIB da agropecuária e indústria.  Segundo o IBGE, a cidade é a primeira dentre os 14 municípios do Estado a figurar na lista dos 100 melhores PIB da agropecuária do país. A Capital Nacional da Celulose ficou em 22º lugar no Brasil.

Em relação ao PIB Industrial, Três Lagoas ocupa o 45º lugar, com valor adicionado bruto de cerca de R$ 5,4 bilhões (0,39% de participação nacional), o município está à frente da capital Campo Grande, que ficou em 69º lugar, com valor adicionado bruto de cerca de R$ 3,9 bilhões (0,29% de participação nacional). 

O PIB per capita de Três Lagoas, que tem 125 mil habitantes, é de R$ 85.297,87, segundo dados do IBGE de 2019. 

Indústrias transformam realidade de Três Lagoas e indicadores mostram desenvolvimento da cidade

 

O terceiro grande ciclo de desenvolvimento de Três Lagoas ocorre a partir de 2009 com a instalação das fábricas de celulose. O processo de industrialização da cidade, no entanto, começou bem antes com a instalação de outras empresas no Distrito Industrial. 

As três maiores fábricas de celulose do mundo estão em operação no município e juntas geram mais de 10 mil empregos diretos e indiretos. A Eldorado Brasil, com mais de 250 mil hectares de florestas plantadas no Mato Grosso do Sul e outros 116 mil hectares de áreas conservadas, opera uma fábrica com capacidade para produzir 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano, e possui uma usina termelétrica que gera 50 megawatts/hora de energia – o suficiente para abastecer uma cidade com população de aproximadamente 700 mil habitantes. A Eldorado conta com o trabalho de mais de 5 mil colaboradores no Brasil e em escritórios internacionais. Do total de celulose produzida, cerca de 90% é exportada para os principais mercadores consumidores no mundo.

As duas fábricas da Suzano de Três Lagoas em operação, juntas somam uma capacidade de produção de 3,25 milhões de toneladas de celulose ao ano. As duas unidades geram seis mil empregos diretos e indiretos. A produção exportada de energia das duas fábricas para os sistema nacional é de 150 megawatts- Além delas, Três Lagoas tem uma fábrica de papel de escrever da Sylvamo, antiga International Paper. 

EXPORTAÇÃO E EMPREGO

Após a instalação das gigantes da celulose, o perfil econômico de Três Lagoas mudou e a cidade passou a ter crescimentos significativos em seus indicadores econômicos.

Além de ter um dos melhores PIB, Três Lagoas passou a liderar o ranking de exportações em Mato Grosso do Sul após a produção e operação dessas fábricas. A celulose é, atualmente, o principal produto exportado do município. Três Lagoas deixa para trás, com folga, Campo Grande, que é quase dez vezes maior que a Capital Nacional da Celulose, e Dourados, a segunda maior cidade do Estado, e grande produtora de grãos. As exportações de Três Lagoas correspondem a quase metade de tudo o que Mato Grosso do Sul envia para outros países.  

Além das indústrias de celulose, o município tem ainda outras empresas importantes e que contribuem para a geração de riquezas e empregos. Segundo dados da Junta Comercial de MS, Três Lagoas tem 12,5 mil CNPJs ativos. Destes, 46 são empresas de médio e grande porte. Cerca de 6 mil empresas de pequeno porte e prestadores de serviços e os demais Micro Empreendedores Individuais. 

A pecuária e o comércio sempre contribuíram para a geração de empregos, mas com a industrialização da cidade, o número de postos de trabalho em diversas áreas apresentou aumento significativo. Três Lagoas já chegou a ocupar o primeiro lugar entre os municípios do Estado que mais geraram empregos. Em maio deste ano, por exemplo, a cidade foi a segunda que mais criou novos postos de trabalho com carteira assinada, segundo dados do Caged, do Ministério da Economia.    

ARRECADAÇÃO 

A arrecadação de Três Lagoas vem acompanhando o desenvolvimento industrial da cidade. O percentual de crescimento da receita do município deste ano para 2023 será de 2.51% no PIB estadual mais o acumulado da inflação no período de 12 meses.  Para 2022, a previsão orçamentária é de R$ 900 milhões e para 2023, R$ 1.014 bilhão.

A receita de Três Lagoas vem apresentando evolução a cada ano. Em 2011, o orçamento do município era de R$ 235 milhões. Em 2018, o valor arrecadado foi de R$ 571,4 milhões, em 2019, R$ 619,6 milhões. No ano seguinte, R$ 699 milhões e, em 2021, chegou a R$ 861 milhões. 

HABITANTES 

A chegada das indústrias proporcionou também o crescimento populacional da cidade. Três Lagoas tem 125 mil habitantes, segundo estimativa do IBGE, referente ao último levantamento divulgado em julho de 2021. Conforme a contagem da população realizada em 2007, o município tinha 85 mil habitantes. Em 2010, saltou para 101 mil moradores. Além dos moradores fixos, Três Lagoas tem ainda uma população flutuante estimada em mais de 10 mil habitantes, que não são contabilizados pelo IBGE. São pessoas que trabalham, ou estudam na cidade, mas não tem moradia fixa.