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Alta do dólar beneficia aumento das exportações de soja em MS

Preço da soja brasileira está mais competitivo

Preço da soja brasileira está mais competitivo - Divulgação/Semagro
Preço da soja brasileira está mais competitivo - Divulgação/Semagro

O saldo da balança comercial de janeiro a agosto deste ano foi de US$ 2.816 milhões, aumento de 32,14% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando Mato Grosso do Sul registrou o saldo de US$ 2.131 milhões. O crescimento deste ano se deu porque o Estado exportou 12,61% mais e comprou 15,42% menos produtos.

Na pauta das exportações, a alta foi puxada pela soja em grão, que apresentou crescimento de 58,62% em termos de valor e 64,79% nas vendas em volume, com 4.429 milhões de toneladas enviadas ao exterior. 

De acordo com o gerente técnico do Sistema Famasul, José Pádua, neste ano, a oleaginosa brasileira está mais competitiva frente aos demais países produtores. “Essa maior competitividade, muito influenciada pela desvalorização do real frente ao dólar, aliada ao impasse comercial entre os Estados Unidos e a China favoreceram as vendas da soja sul-mato-grossense, com o país asiático sendo o principal destino”, explica. 

Em segundo lugar entre os produtos mais vendidos pelo Estado está a celulose que apresentou queda de 17,49% em valor, que se deve, principalmente, ao menor preço do produto neste ano. “Nesse item, tivemos um crescimento de 7%, mas diferentemente da soja, houve uma redução no preço em dólar no mercado internacional”, ponderou o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck. 

Outros destaques no primeiro de semestre de 2020 foram as exportações de óleos e gorduras vegetais e animais, que cresceram 135,73% em relação ao mesmo período; as de açúcar, que aumentaram 263,51% e as de ferro-gusa, que subiram em 325%. 
Entre os destinos dos produtos sul-mato-grossenses, a China concentra 50,88% da demanda. Já com relação aos itens comprados pelo Estado no período, o gás boliviano segue sendo o mais importado e representa 56,65% da pauta.