Duas alunas do campus da UFMS em Três Lagoas, que procuraram a Polícia Civil dia 28 de outubro deste ano para denunciar um colega pelo crime de estupro, não formalizaram pedido de expulsão do suspeito à direção da universidade, até esta terça-feira (27).
Nenhum diretório acadêmico ou grupo de alunas que cobram mais segurança dentro do campus procurou diretores para reclamar do caso, apesar de um protesto realizado na universidade e de dezenas de postagens em redes sociais.
As alunas acusaram o estudante – que foi preso em flagrante e liberado no mesmo dia, após audiência de custódia – de forçar sexo durante a madrugada, após os três participarem de uma festa realizada em uma moradia coletiva, no bairro Vila Nova, zona Norte da cidade.
Uma delas disse à polícia que viu quando a amiga era apalpada pelo agressor. Material genético foi recolhido no corpo das estudantes para exames em um laboratório de Campo Grande, na semana do fato, e ainda não há resultado, sem data para conclusão. O aluno prestou depoimento e negou a acusação. O inquérito segue sob segredo de Justiça.
Em um ato realizado no campus sem a presença das estudantes que teriam sido agredidas, alunas denunciaram outros casos de crimes. O diretor da universidade, Osmar de Jesus Macedo, disse que não foi procurado por nenhum grupo ou por alunas para relatar problemas.
Disse que a UFMS procura reforçar a segurança e que toma providências em casos comprovados.