Três Lagoas sofre com a falta de um terminal rodoviário digno e em boas condições. Mesmo a cidade sendo considerada a capital mundial da celulose e a terceira maior cidade do estado de Mato Grosso do Sul, os títulos não acompanham a infraestrutura do munícipio.
Nesta quarta-feira (3), o local foi palco de uma cena comum para os três-lagoenses. Durante a manhã, usuários de drogas foram vistos estendendo um varal para aquecer os cobertores. Outros aproveitaram para dormirem em frente aos guichês, sem se importar com os passageiros transitando pelo lugar.
Há mais de 40 anos, o Terminal Rodoviário Afonso Rodrigues Sandovet não sofreu nenhuma reforma na estrutura para acompanhar o desenvolvimento da cidade. Para aqueles que chegam pela primeira vez no munícipio, o local pode ser assustador. Apesar de o terminal ser mantido limpo pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), é possível se deparar com pessoas em situação de rua e usuário de drogas, que utilizam entorpecentes no local.
O fluxo crescente de dependentes químicos no terminal compromete a segurança e a tranquilidade dos funcionários e passageiros, já que essas pessoas se tornam agressivas quando se recusam a dar dinheiro a eles. Apesar das rondas da Polícia Militar, o local frequentemente é palco de brigas, mortes e diversas cenas deploráveis. Não existem medidas eficazes e leis que restrinjam a permanência dessas pessoas no local.
A administração municipal promete uma reforma no terminal, sem fornecer detalhes sobre prazos ou orçamento. Quanto aos usuários de drogas, a proposta de cercamento do local e controle de acesso por seguranças é mencionada, mas também carece de uma data precisa para implementação.
O terminal, além de servir como dormitório improvisado, enfrenta problemas de higiene devido à utilização inadequada de garrafas pets como banheiro, causando mau cheiro nas áreas de embarque.