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ANTT diz que transporte de trabalhadores em ônibus era irregular

Para a agência o veículo constava como inativo e não poderia operar

Segundo ANTT transporte de funcionários era irregular - Divulgação
Segundo ANTT transporte de funcionários era irregular - Divulgação

Após o trágico acidente que tirou a vida de 11 trabalhadores entre eles dois três-lagoenses e deixou mais de 20 feridos, na noite de quarta-feira (30), na cidade de Sapopema, na rodovia PR-090, no estado do Paraná, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) informou que a situação do ônibus era irregular e não poderia realizar transportes coletivos.

O ônibus com 32 passageiros tombou em uma ribanceira matando 10 pessoas na hora e outra no hospital após ser socorrida. A situação documental do ônibus virou uma grande incógnita, a Engemec, empresa em que as vítimas prestavam trabalho, foi procurada durante o dia todo pela equipe de reportagem para dar informações sobre a cidade natal das vítimas e sobre o veículo, se era particular ou fretado, mas a proprietária da empresa não respondeu as mensagens e nem atendeu as ligações.

Devido a dificuldade de comunicação com os órgãos de segurança locais, só foi possível acesso ao número da placa do ônibus no final do dia. O veículo pertencente a empresa Transportadora Labor LTDA foi procurada por nossa reportagem e uma funcionária transferiu para outra empresa, a Expresso Adamantina, que não respondeu nenhuma das solicitações com pedido de informações.

Também procuramos a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) que prestou informações e por aproximadamente 2 horas de ligação, auxiliou nas questões pertinentes sobre o veículo. Ao ser pesquisado pela placa LPB7J63 de Dracena (SP), o agente público da ANTT não encontrou nenhum veículo registrado para realizar fretamentos interestadual, pela razão social Transportadora Labor LTDA. De acordo com a ANTT, o ônubus consta como inativo para operações rodoviárias e não poderia estar rodando e muito menos servir para o transporte de pessoas.

Durante a pesquisa na ANTT também não foi identificado nenhuma apólice de seguro civil obrigatório para operações rodoviárias e o ressarcimento das vítimas e familiares em casos de danos ou acidente, como neste caso.

Nem a empresa Transportadora Labor LTDA quanto a Engemec, responderam as ligações. Nesta tarde ex-funcionários da empresa Engemec enviaram mensagens relatando que acidente como esse, era temido devido a qualidade duvidosas na segurança do transporte dos trabalhadores. Segundo a ANTT, o motorista três-lagoense Adilson Dias, de 52 anos, que perdeu a vida neste acidente, também não tinha cadastro junto ao órgão para poder transportar passageiros no transporte interestadual. O caso segue investigado pela Polícia Civil do estado do Paraná.