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Sem Recursos

Apae vai parar obras de novo prédio em Três Lagoas

Entidade diz não possuir recursos para manter projeto e que precisa de mais R$ 6,5 milhões para terminar construção

Repasses oficiais são suficientes apenas para manutenção do atendimento a estudantes e sem novas parcerias com o poder público, projeto terá de ser abandonado - Cláudio Pereira/JP
Repasses oficiais são suficientes apenas para manutenção do atendimento a estudantes e sem novas parcerias com o poder público, projeto terá de ser abandonado - Cláudio Pereira/JP

As obras de construção da nova escola da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Três Lagoas serão interrompidas por falta de recursos. Assim que for concluída a parte de cobertura desta primeira etapa da obra, o presidente da entidade, Luiz Fausto Rodrigues, disse que os serviços serão paralisados.

De acordo com Fausto, se não houver uma ajuda financeira por parte do poder público, dificilmente a obra será concluída. O projeto da nova escola da Apae foi orçado em R$ 8 milhões. A entidade conseguiu até agora só R$ 1,5 milhão, valor investido na obra até o momento.

O presidente da entidade informou que até o momento foi executada a primeira etapa da alvenaria, da laje e agora a cobertura. “Terminando isso, vamos colocar uma proteção interna, um rebolco, mas com isso finaliza o dinheiro. Em contrapartida, estamos trabalhando na tentativa de conseguir mais recursos para dar continuidade na obra”, comentou.

 Fausto destacou que, essa nova sede possui quatro mil metros quadrados, o que requer um montante considerável. “Vamos buscar um apoio financeiro com o poder público para tentarmos terminar essa obra, que tem ainda a parte elétrica, de bombeiros, hidrosanitária, de esquadrias, enfim é uma obra grande. Vamos definir com a equipe da comissão de obra para vermos qual a próxima etapa”, declarou.

Segundo Fausto, a Apae, que possui atualmente 330 alunos, tem um gasto mensal de cerca de R$ 400 mil. Cada aluno custa para a entidade, R$ 1,2 mil por mês. A entidade recebe R$ 107 mil mensalmente do governo Federal, através do Fundo do Desenvolvimento Básico da Educação (Fundeb), R$ 45 mil de convênio com a Prefeitura de Três Lagoas, relativos à cobrança da taxa pelo uso dos banheiros na rodoviária, e R$ 45 mil do convênio com a Sanesul, que desconta um valor da conta de água de contribuintes que assinaram convênio com a Apae.

Em razão das despesas, o presidente disse que os recursos que a entidade recebe não são suficientes para concluir a construção do prédio. As obras foram iniciadas em dezembro de 2011 e já consumiram R$ 1,5 milhão, sendo R$ 500 mil de repasse da Câmara e R$ 1 milhão destinados pela prefeitura.

Para ajudar cobrir despesas de manutenção, a entidade realiza eventos para arrecadar recursos, como a Expoflôr, que acontecerá em setembro, e o Leilão da Fraternidade, em parceria com o Lar dos Velhos, realizado em junho.