Após quase cinco anos, o único curtume de Três Lagoas continua fechado, apesar de ter conseguido documentação necessária em órgãos do Estado. Desta vez, as causas seriam a baixa demanda para couro industrializado e mudanças na restituição de impostos estaduais.
A unidade foi interditada pelo Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (Imasul), em agosto de 2014, devido a irregularidades de operação e falta de licença ambiental. Em 2015, depois de adequações, o curtume conseguiu uma licença. “Temos dois fatores: um é o mercado que está estagnado, e o outro, precisamos da restituição de impostos, como previsto pela lei Kandir porque 90% de nossa produção é para exportação”, explicou o gerente Claudemir Rocha.
Pela lei, estados são proibidos de cobrar ICMS sobre produtos semielaborados – caso do couro – vendidos para fora do país. Por isso, governos cobram da União a restituição do tributo desde a aprovação da lei, em 1996. A soma da cobrança chega a R$ 39 bilhões. O Congresso Nacional discute, há 20 anos, uma mudança na lei.
Apesar disso, a empresa – que possui matriz em Presidente Prudente (SP) -, pretende reativar o curtume e gasta R$ 150 mil por mês com manutenção e salários de 10 trabalhadores. Antes de fechar, a unidade chegou a empregar 160.
“Estamos preparados para funcionar. A estrutura está pronta, temos parte da equipe e o maquinário”, destacou o gerente.
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