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Revolta

Pai é linchado por vizinhos após agredir filha e PM é acionada no Orestinho

Homem disse que teve uma criação rígida na infância por isso era rígido também

Polícia Militar é chamada para atender violência contra criança - Alfredo Neto/JPNews
Polícia Militar é chamada para atender violência contra criança - Alfredo Neto/JPNews

Um homem de 24 anos foi preso após agredir a filha de 6 anos e os vizinhos revoltados com a agressão tentaram lincha-lo, na noite desta quinta-feira (21), no residencial Alexander, Conjunto Habitacional Orestinho, em Três Lagoas.

A Polícia Militar recebeu ligações no telefone 190, de moradores denunciando que um homem estaria espancado sua filha e batendo com a cabeça dela contra a parede. Ao ouvir os gritos da criança pedindo para não ser agredida pelo pai, os vizinhos se revoltaram e foram até o apartamento do autor.

Após as agressões, alguém bateu na porta do apartamento e ao atender acreditando ser a Polícia Militar, o autor se separou com os moradores do local que revoltados passaram a agredi-lo com socos, chutes e pauladas.

O homem de 24 anos acabou sofrendo um hematoma (galo) na cabeça em razão das agressões e se trancou em seu apartamento até a chegada da PM, para não continuar sendo linchado do lado de fora, pelas pessoas que estavam revoltadas com a situação.

A criança foi ouvida pelos policiais e aos militares disse: “Meu pai é um bom pai, e ele chegou nervoso do serviço e eu teimei, por isso ele me bateu, quando ele chega assim eu não posso brincar”. Os militares perguntaram se a criança havia sido agredida outras vezes pelo pai, a menina disse que sim, e que da última vez a madrasta teria impedido que o homem desse uma surra nela.

A criança apresentava vergões nas pernas e um vermelhidão na têmpora ventral direita (popularmente chamada de fonte). O conselho tutelar foi chamado e um conselheiro esteve presente e acompanhou a situação de perto.

Devido a revolta dos populares o homem precisou ser escoltado pela Força Tática, do local até a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) onde foi registrado o boletim de ocorrência.

Perguntado sobre as agressões, o autor disse que teria batido na filha, devido o nervosismo da “bagunça que a criança teria feito”, e que ele teria sido criado assim, com corretivos e uma criação rígida, mas que não teria espancado a criança e tão pouco batido com a cabeça da própria filha contra a parede.

Ao ser questionado sobre o vermelhidão na cabeça da criança, o homem respondeu que a menina teria “batido com a cabeça na quina do sofá”. Todos foram levados para a delegacia e a avó paterna da criança (mãe do autor) foi chamada na delegacia, para ficar com a guarda da criança. O caso será investigado pela vara da infância e juventude.