Por volta das 9h desta terça-feira, 26, o pedreiro de 36 anos acusado de matar com facadas Cícero Amaro Barbosa, 50, na última quinta-feira (21), no bairro Nossa Senhora das Graças, se apresentou na 3ª Delegacia de Polícia, ao delegado Orlando Vicente. Ele estava acompanhado do advogado Sérgio Ortuzal, da cidade de Andradina.
De acordo com o delegado, o acusado confessou o crime e informou que ambos estavam no bar, quando houve desentendimento e, num momento de raiva acabou atingindo a vítima com a faca.
&saibaOrlando disse que o caso foi registrado como homicídio por motivo fútil. O suspeito prestou depoimento e foi liberado para responder ao processo, enquanto o inquérito é concluído. “Tenho 30 dias para concluir. Também estamos ouvindo as testemunhas. O laudo da perícia sai também dentro de 30 dias, contados após o dia do crime”, explicou o delegado. “Conforme levantamento que fizemos, o acusado não tem passagem pela polícia, assim como a vítima também não tinha”, completou.
A reportagem do JPNews entrou em contato com o advogado Sérgio, que comentou que a família do suspeito o contratou apenas para que ele fosse apresentado na delegacia e assim garantisse a integridade física do cliente que afirmou estar assustado com a situação.
Ortuzal acredita que o acusado vá a júri popular. “É pouco provável que ele responda o processo em liberdade, pois o Ministério Público deve pedir a prisão preventiva, apesar dele ser réu primário. Quando a família do suspeito me procurou, liguei para o delegado Orlando informando que ele iria se apresentar”, citou.
Ainda conforme o advogado que acompanhou o depoimento, o suspeito afirmou que agiu em legítima defesa. “Eles começaram a se estranhar enquanto estavam no bar mas, para evitar problemas o suspeito eu mora nas proximidades do estabelecimento, foi embora para casa, mas teve que voltar ao se lembrar que não havia pago a conta, foi quando a vítima teria voltado a lhe provocar, foi até o carro e fez que iria pegar alguma arma no porta-luvas, momento em que o acusado se desesperou ao se recordar da morte do um irmão, ocorrida há um ano, também em um bar da cidade, foi quando viu uma faca sobre o balcão do bar e partiu para cima da vítima e o feriu”, revelou Ortuzal.
O acusado disse não se recordar quantas facadas deu em Cícero e nem mesmo em que parte do corpo acertou, que lembra-se apenas de ter saído correndo e permanecido escondido, por um ou dois dias, em uma matinha próxima de uma fábrica de biscoitos da avenida Ranulpho Marques Leal, na BR-262. Sobre a morte de Cícero, o suspeito soube apenas no dia seguinte, por meio de um amigo que viu notícias na imprensa.